UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE APOIO A PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA Custos de Produção e Produtividade em Dois Sistemas de Criação de Caitetus (Tayassu tajacu, Linnaues, 1758) na Amazônia Central Bolsista: Hálice Paulene G. de Souza, FAPEAM MANAUS 2013   UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DEPARTAMENTO DE APOIO A PESQUISA PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA RELATÓRIO FINAL PIB-A/0021/2012 Custos de Produção e Produtividade em Dois Sistemas de Criação de Caitetus (Tayassu tajacu, Linnaues, 1758) na Amazônia Central. Bolsista: Hálice Paulene G. de Souza, FAPEAM Orientador: Profª Msc. Paulo Cesar Machado Andrade MANAUS 2013   Todos os direitos deste relatório são reservados à Universidade Federal do Amazonas, ao Núcleo de Estudo e Pesquisa em Ciência da Informação e aos seus autores. Parte deste relatório só poderá ser reproduzida para fins acadêmicos ou científicos. Esta pesquisa, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas - FAPEAM, através do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica da Universidade Federal do Amazonas, foi desenvolvida pelo Núcleo de Estudo e Pesquisa em Ciência da Informação e se caracteriza como subprojeto do projeto de pesquisa Bibliotecas Digitais.   SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................................... 07 2 OBJETIVO ..................................................................................................... 10 2.1 OBJETIVO PRINCIPAL ........................................................................... 10 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO ......................................................................... 10 3 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................... 10 3.1 CAITITU (TAYASSU TAJACU) ............................................................... 10 3.2 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS .............................................. 12 3.3 DISTRIBUIÇÃO NATURAL E HABITAT ............................................. 13 3.4 ALIMENTAÇÃO ..................................................................................... 14 3.5 REPRODUÇÃO ......................................................................................... 14 3.6 CRIAÇÃO E MANEJO ............................................................................. 15 3.6.1 Sistema de Criação Semi-intensivo....................................................... 15 3.6.2 Sistema de Criação Intensivo .............................................................. 17 3.7 INFANTICÍDIO ........................................................................................ 18 4 MATERIAL E MÉTODO ................................................................................ 20 4.1 MATERIAIS .......................................................................................... 20 4.1.1 Área ........................................................................................................ 20 4.1.2 Instalações .............................................................................................. 21 4.1.2.1 Sistema Semi-intensivo ........................................................................ 21 4.1.2.2 Sistema Intensivo ................................................................................. 23 4.1.3 Animais .................................................................................................. 25   4.1.3.1 Sistema Semi-intensivo ....................................................................... 25 4.1.3.2 Sistema Intensivo ................................................................................ 25 5. METODOLOGIA ....................................................................................... 26 5.1 COEFICIENTES ZOOTÉCNICOS ........................................................... 26 5.2 GANHO DIÁRIO EM PESO (GDP), CONSUMO DE RAÇÃO, CONVERSÃO ALIMENTAR (CA) ............................................................ 26 5.3 EVOLUÇÃO DO PLANTEL .................................................................... 27 5.4 PROPORÇÃO MACHO:FÊMEA E PERCENTUAL POR CATEGORIAS .............................................................................................. 27 5.5 FREQUÊNCIA E TIPOS DE PARTO ...................................................... 27 5.6 PRODUTIVIDADE LÍQUIDA DO PLANTEL E EFICIÊNCIA REPRODUTIVA .......................................................................................... 27 5.7 POTENCIAL PARA ABATE E RENDIMENTO DE CARCAÇA .......... 28 5.8 CUSTOS DE PRODUÇÃO ...................................................................... 28 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................ 28 6.1 ANIMAIS DO EXPERIMENTO E COLETA DE DADOS ..................... 28 6.2 MANEJO ................................................................................................... 32 6.3 LIMPEZA E FORNECIMENTO DA RAÇÃO ................................................. 33 6.4 COEFICIENTES ZOOTÉCNICOS ........................................................... 34 6.4.1 Sistema Intensivo e Semi-intensivo ...................................................... 34 6.4.1.1 Consumo de Ração ............................................................................... 34 6.4.1.2 Conversão Alimentar (CA) e Ganho Diário em Peso (GDP) ............. 37   6.4.1.3 Evolução do Plantel e Proporção Macho:Fêmea ....................................... 42 6.4.1.4 Composição Percentual por Categorias ......................................... 45 6.4.1.5 Frequência e Tipos de Parto ............................................................... 46 6.4.1.6 Produtividade Líquida do Plantel e Eficiência Reprodutiva ............. 57 6.4.1.7 Potencial para Abate e Rendimento de Carcaça ................................. 58 6.5 CUSTOS DE PRODUÇÃO ...................................................................... 60 6.5.1 Custos Fixos e Variáveis ...................................................................... 60 6.5.2 Custos Totais (CT) ............................................................................... 65 6.5.3 Custos Unitários da Produção (CUP) ....................................................... 66 CONCLUSÃO ............................................................................................... 72 REFERENCIA BIBLIOGRAFICA ................................................................. 74 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES ............................................................... 78 ANEXOS ........................................................................................................ 79   1. INTRODUÇÃO No Brasil, assim como em outros países da América Latina, a fauna silvestre é uma importante fonte de proteína animal utilizada para a subsistência pelas populações da zona rural do país, principalmente, dos ribeirinhos da Amazônia, sendo que esses, muitas vezes, complementam sua renda através da venda da carne ou do couro desses animais nas cidades do interior ou para comerciantes atravessadores que trazem boa parte destes produtos para os grandes centros (CANTO et alii., 1999). Atualmente, a degradação ambiental aliada ao crescimento desordenado da população, tem exercido profunda pressão sobre as populações de animais silvestres em todo mundo. E no território brasileiro estes animais sofrem grande pressão de caça, principalmente, na Amazônia manifestando-se de diversas formas, dentre as quais: destruição do habitat natural das espécies, captura de animais para venda no tráfico internacional como animais de estimação, desequilíbrios ecológicos, provocados pela ação do homem, caça para venda de produtos derivados da espécie e caça para consumo humano. Entretanto, o consumo de carne não se restringe às comunidades afastadas dos centros urbanos, já que as “carnes de caça” são encontradas, sem grandes dificuldades, em feiras das grandes cidades, pois a fiscalização desta prática ilícita é deficente. Assim, o aproveitamento desses animais está sendo feito através de caça descontrolada que, associada à destruição de hábitats naturais, está levando à perda desses recursos naturais muito pouco conhecidos (NOGUEIRA FILHO & LAVORENTI, 1997). Na América Latina, o caitetu (Tayassu tajacu), o queixada (Tayassu pecari) e a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris), estão entre as espécies mais caçadas (REDFORD & ROBINSON, 1991; MOREIRA & MACDONALD, 1997). Além da carne, um dos grandes interesses, é pelo couro dos caitetus e queixadas, devido à grande demanda no mercado internacional. Desta forma tem aumentado tanto a caça de subsistência quanto degradação do hábitat que tem resultado num declínio das populações de T. tajacu na Amazônia (NOGUEIRA- FILHO E LAVORENTI, 1997). Os caitetus tem couro de excelente qualidade, resistentes, leves e apresentam características singulares quanto ao aspecto. É coberto de pequeno círculo castanho escuro, ornamentos que os distinguem dos couros de animais domésticos (OLIVEIRA, 1999). Tem uma grande demanda no mercado internacional onde os principais importadores deste produto são: Itália, Alemanha e a França. O couro, nestes países, é industrializado, tornando-se artigos luxuosos como calçados finos, luvas, casacos, carteiras e cintos, que por sua vez, são   exportados, principalmente, para os EUA, Europa e Japão (REDFORD,1997; SOWLS, 1997). Além disso, existe demanda para carnes exóticas em grandes centros urbanos como São Paulo, Belo Horizonte e Brasília (NOGUEIRA FILHO & NOGUEIRA, 2000). Figura 01: Luvas feitas com couro de caititu (UFPA Notícias,2006). Em escala comercial, a produção de espécies silvestres, pode ser considerada uma tática de conservação, pois, reduz a pressão de caça e o tráfico, aumentando assim, o estoque populacional, além da conservação de remanescentes florestais destas regiões, já que a mesma vem sofrendo impactos por outras atividades econômicas. Estas espécies são adaptadas às condições locais, sendo assim, não há necessidade de grandes modificações do ambiente para a implantação desta atividade (OHANA, 2009). Outro aspecto a ser analisado é a escolha das espécies de animais silvestres que poderão ser exploradas economicamente. Estas devem apresentar características como adaptabilidade, rusticidade e potencial de produção. E dentre as espécies de animais silvestres que tem apresentado potencial zootécnico para obtenção de carne e couro e que poderiam ser utilizados em criatórios comerciais na região, está o caitetu (Tayassu tajacu). A criação de caitetu em cativeiro, além de contribuir para a diminuição da pressão de caça e incentivar o comércio legal1, propicia também o aproveitamento das áreas improdutivas. Na Amazônia, esta criação constitui uma alternativa racional ao desmatamento gerado, principalmente, pela formação de áreas para pastagens (BONAUDO et alii, 2002).          °  !"  # $ %$   °& !  ' ( )  $   ' ( °  &!"  ($( * ($+ ($ ( $  ,  ($-( ./01$ 2º  &&03%4%", $  ($ (  5 (   $  2  "  ) $ $ 6$  $ ( *  5.   Para que a atividade possa se expandir é essencial a avaliação de diferentes sistemas de produção bem como a utilização de alimentos alternativos disponíveis regionalmente. A avaliação das necessidades nutricionais, tanto qualitativa como quantitativa tem fundamental importância, pois permite alimentar o animal com maior precisão e eficiência. Os tayassuídeos são considerados como pseudo-ruminantes, animais que podem aproveitar materiais de mais baixo valor nutritivo, com altos teores de fibra, assimilando nutrientes suficientes para desenvolver o seu crescimento e desempenhar as suas funções (GARCIA et alii, 2005; NOGUEIRA-FILHO, 2005; NOGUEIRA-FILHO & LAVORENTI, 1997; SHIVELY et alii, 1985). O presente estudo teve por objetivos monitorar os índices de produtividade de dois sistemas de produção de caitetu (Tayassu tajacu) em cativeiro na Amazônia Central (criação intensiva em baias; e criação semi-intensiva em área de floresta de terra firme). &  2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Principal: Analisar a viabilidade econômica e os índices zootécnicos da criação semi-intensiva e intensiva de caitetus (Tayassu tajacu) na Amazônia Central. 2.2 Objetivos Específicos: a) Determinar os índices zootécnicos da criação semi-intensiva e intensiva de caitetus (Tayassu tajacu); b) Definir os custos fixos e variáveis nos dois sistemas de criação; c) Comparar os custos e a produtividade da criação semi-intensiva com a criação intensiva (em baias). 3. REVISÃO DE LITERATURA 3.1 CAITITU (Tayassu tajacu) A fauna silvestre é importante tanto para alimentação de pequenos produtores quanto para a formação de florestas através da função de dispersão de sementes (BODMER,1991). É um dos recursos naturais, que faz parte da economia na Amazônia, mas que na falta de controle poderá ser significativamente reduzida. Mas se for explorada de forma racional, poderá tornar-se uma fonte de desenvolvimento substancial, que além de fornecer uma fonte alternativa de proteína também poderá ser aproveitada através da utilização de subprodutos animais como, gordura, pelos, couro, carne, etc. Tayassu Tajacu (L.), popularmente conhecido pelos termos caititu, cateto, precari, entre outros, é um mamífero da ordem dos artiodáctilos, da família Tayassuidae da América do Sul.   Sinonímia: Caitetu, catitu, cateto, taititu, tateto, coleira branca, pecari ou porco-do-mato (Lobo, 1962) Figura 02 – Caitetu (Tayassu tajacu), (SOUZA, 2013). O T. tajacu (caititu) é uma espécie silvestre bastante procurada através da caça, é considerado onívoro, pois se alimenta de invertebrados, sementes, raízes, alimentos fibrosos, sobras de legumes, frutos e insetos (DEUSTSCH E PUGLIA, 1988). Em cativeiro eles se adaptam facilmente a diferentes tipos de alimentos, podendo ser utilizados grãos, frutos, hortaliças, raízes e forragens, sendo que se adaptam bem com ração comercial de suínos. (ALBUQUERQUE, HUHN, 2001; ALBUQUERQUE et alii, 2004b). Quadro 01: Classificação científica Reino: Animalia Filo: Chordata Classe: Mammalia Ordem: Artiodactyla Família: Tayassuidae Género: Tayassu Espécie: Tayassu tajacu (LINNAEUS, 1758)   Também é uma espécie gregária e rústica que, em condições naturais, vive em grupos de 3 a 50 indivíduos, mais frequentemente observados em grupos de até 15 animais. Os grupos são constituídos de animais jovens e adultos, de ambos os sexos (SOWLS, 1984), dentro dos quais os caititus exibem dominância hierárquica, com status possivelmente relacionado ao tamanho do animal, ou seja, animais maiores e mais pesados tendem a exercer dominância sobre outros (BISSONETTE, 1982). São animais considerados sedentários, ou seja, não se distanciam do seu local de nascimento, diferentemente dos queixadas (Tayassu pecari), os quais são conhecidos por viajar longas distâncias (SOWLS, 1997). 3.2 CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS Embora o caitetu seja da mesma subordem do suíno doméstico (Suiformes), ele pertence à outra família. O suíno doméstico pertence à família Suidae e o caitetu a Tayassuidae. Existem três espécies pertencentes à família Tayassuidae: o caitetu (Tayassu tajacu), o queixada (Tayassu pecari) e o pecari do Chaco (Catagonus wagneri). (SOWLS, 1984, 1997; MONTGELARD et alii, 1998). Os animais pertencentes à família Tayassuidae como o caititu, possuem o estômago dividido em três compartimentos, e este possui dois tipos de epitélios. O pré- estômago é constituído por uma bolsa gástrica e dois sacos cegos, cranioventral e caudodorsal, e corresponde a 85% do volume total do estômago. O caititu não possui vesícula biliar. Apresenta na região dorsal, distante aproximadamente 20 cm da base da cauda, uma glândula produtora de secreção oleosa, de forte odor e coloração esbranquiçada, a qual é utilizada para demarcação de território, comunicação social e sinalização para manutenção da proximidade do grupo (SOWLS, 1984). Esta glândula dorsal sofre influência da testosterona, uma vez que a redução da concentração deste hormônio gera consideráveis alterações nas unidades secretoras da porção caudal da glândula, alterando possivelmente as características da secreção liberada (SILVA et alii, 2005). O caititu adulto tem em torno de 0,75 a 1,0 m de comprimento, de 0,40 a 0,45 m de altura e seu peso adulto varia de 14 a 30 kg (NOWAK, 1991). De acordo com SOWLS (1984), o caititu possui cabeça longa, triangular e proporcionalmente grande em relação ao corpo, enquanto o pescoço e as extremidades são curtos. Os olhos são pequenos, não possuindo visão aguçada, mas possuem bom olfato, que compensa essa deficiência. Seu focinho é alongado e termina em um disco nasal achatado e móvel. Seus pelos são longos e ásperos, geralmente pretos com anéis brancos, o que confere aos animais uma pelagem acinzentada. Em seu dorso, existe uma crina erétil composta por pelos que tendem a ser mais escuros; na região do pescoço, destaca-se uma faixa de pelos brancos, conferindo um aspecto de colar.   E FOWLER e MILLER (2003) descreveu que a forma compacta e cilíndrica do seu corpo é vista como uma adaptação morfológica que permite o ágil deslocamento destes animais entre a vegetação densa. A pelagem do dorso é constituída por cerdas resistentes e que, possivelmente, funcionam como elemento de termorregulação e proteção externa, pois evitam lesões na pele quando o animal abre espaço entre a vegetação. Os tayassuídeos caracterizam-se por possuírem quatro dedos nos membros anteriores e três nos posteriores, sendo apenas dois funcionais, munidos de pequenos cascos. Não há dimorfismo sexual aparente, com exceção da presença do saco escrotal, que pode ser observado a curta distância (NOGUEIRA FILHO E LAVORENTI, 1997; SOWLS, 1997; JACOMO, 2004). Em ambiente natural, nos trópicos, o caititu tem atividade predominantemente diurna e, em cativeiro, seu padrão de atividade pode variar de acordo com as condições de manejo (VENTURIERI e LE PENDU, 2006). Para manejar e avaliar os caitetus conforme sua categoria e idade ANDRADE et alii (2008), classificaram-nos por faixa etária de acordo com as categorias da seguinte forma: Quadro 02: Classificação etária Categoria Idade Filhote 0 – 3 meses Jovem 4 – 10 meses Subadulto 11 – 18 meses Adulto acima de 18 meses 3.3 DISTRIBUIÇÃO NATURAL E HABITAT O cateto Tayassu tajacu e o queixada Tayassu pecari são pertencentes à família Tayassuidae, embora semelhantes em alguns aspectos, apresentam diferenças marcantes em termos morfológicos e comportamentais. Possuem ampla distribuição geográfica, sendo encontrados do sul dos Estados Unidos até a Argentina, ocupando os mais diversos ambientes. São caracterizados como animais que vivem em grupos sociais estáveis compostos por ambos os sexos e de idade variada e apresentam comportamento cooperativo (PEREIRA; NOGUEIRA, 2002).   Segundo NASCIMENTO JUNIOR (1982), a adaptação e vida em grupo representa uma das formas mais importantes de adaptação dos animais ao ambiente, oferecendo grandes vantagens aos animais em termos de alimentação, proteção e cuidado com a prole. Atualmente esses animais estão sendo criados em cativeiro com objetivos econômicos podendo representar em algumas regiões do Brasil uma importante forma de desenvolvimento sustentável (LE PENDU et alii, 2002). O caitetu vive em uma grande diversidade de habitat, desde matas densas e úmidas até regiões desérticas. Esta capacidade de sobrevivência em diferentes condições se faz graças a adaptações fisiológicas e comportamentais (SWOLS, 1984). 3.4 ALIMENTAÇÃO Considerado um animal onívoro e que se adapta às condições alimentares de cada região, possui estômago dividido em três partes com fermentação pré-gastrica como os ruminantes. Em florestas tropicais úmidas e florestas tropicais decíduas, uma grande quantidade de frutas, sementes e castanhas caem das árvores e constituem os principais alimentos do queixada e do cateto que vivem nesses locais (KILTIE, 1981; BODMER, 1991a; BARRETO et alii, 1997; KEUTOGHLIAN & EATON, 2008). Grandes quantidades de larvas de besouros frequentemente infestam os frutos caídos o que aumenta o valor nutricional destes alimentos (SILVIUS, 2002). Costumam alimentarem-se também de pequenos animais, como insetos, pequenas cobras e roedores. Considerando-se que ambos mastigam as sementes completamente, apenas algumas sementes minúsculas (ex.Rubiaceae e pequenas Brosimum) escapam da destruição e passam pelo sistema digestivo sem alteração (BODMER, 1991b). Portanto, as duas espécies são principalmente predadoras de sementes, em vez de dispersoras. Elas dispersam sementes maiores apenas quando as cospem durante a mastigação (BODMER, 1991b). 3.5 REPRODUÇÃO Em condições naturais, caititus se reproduzem durante o ano todo, com comportamento de cópula e nascimento de filhotes ocorrendo sem época preferencial. O início da vida reprodutiva de machos e fêmeas ocorre dos oito aos 16 meses de idade. A duração do ciclo estral é de 22 a 28 dias, e a duração média da gestação em caititus é de 140 a 150 dias, sendo mais longa que na porca doméstica, a qual apresenta gestação de 114 dias. O cortejo é iniciado pela fêmea. Os animais se cheiram, tocando os narizes e, em seguida, podem colocar a cabeça na nuca ou na região dorsal. Depois do cortejo sexual, o macho cheira e esfrega o nariz no órgão sexual da fêmea, que também procura estimulá-lo.   Quando uma fêmea apresenta o parto, ela se isola do grupo, procurando um lugar tranquilo, onde faz uma cavidade no solo para abrigar a ninhada que geralmente é de dois filhotes. Os filhotes nascem ativos e acompanham a mãe desde o primeiro momento. O tamanho da ninhada varia de um a quatro filhotes (média de dois), sendo que o peso ao nascer é aproximadamente de 604 gramas, e o desmame ocorre em torno de dois meses. O primeiro estro pós-parto ocorre somente de quatro a 16 dias após o desmame dos filhotes (SOWLS, 1966, 1984). Os caititus ganham 300 gramas por semana durante a fase juvenil (DEUSTSCH e PUGLIA, 1988). Com cerca de um ano, a um ano e meio tornam-se adultos, atingindo um peso médio de 22 kg. 3.6 CRIAÇÃO E MANEJO Para criar animais silvestres é importante saber de alguns regulamentos básicos que são exigidos pelo IBAMA. Primeiramente é preciso ter uma licença do órgão ambiental para iniciar legalmente a criação. Antes de iniciar a criação, deve-se ter em mente o objetivo de criar, seja para comercialização, pesquisa, preservação, entre outros. Depois com qual animal vai trabalhar e por fim construir o espaço de acordo com as normas do IBAMA para a criação do animal silvestre que vai manejar. 3.6.1 Sistema de Criação Semi-intensivo A criação sob a Floresta Nativa inclui os componentes básicos do habitat natural, para que os animais não sofram com a falta de alguns componentes como floresta, abrigo, alimentação, água em abundância e outros. Os piquetes e as instalações de manejo são construídos sob a floresta nativa. O Sistema de Criação em Campo Aberto necessita de algumas árvores adultas bem como uma área de banho, devido à necessidade do animal se refrescar. Também é fundamental construir abrigos, eles podem ser feitos com as laterais de madeira, somente com uma porta para a entrada e saída dos animais. A cobertura pode ser feita de madeira, capim sapé ou folhas de palmeiras. O local das instalações deve proporcionar abrigo e conforto para os animais, para isso o ideal é que o local tenha uma área útil de 20 m² por animal. A higiene também é muito importante para um bom rendimento na criação, pois facilita o trabalho de manejo. Os piquetes devem ser construídos dentro do ambiente natural, para que haja uma proteção ambiental, mas caso não seja possível, recomenda-se construir coberturas artificiais. Junto ao piquete deve haver uma área de manejo, construída inteiramente de madeira   e, de preferência entre dois piquetes um brete, ou seja, um local onde se faz o controle sanitário, pesagem e outras práticas de manejo, e também deve ter cochos de alimentação, gaiola, seringa, corredor para a entrada e saída dos animais, abrigos e água. Figura 03: Localização do sistema semi-intensivo do terreno do CECAN- IBAMA/AM, (Fonte: Google earth, 2013). Figura 04: Área de floresta, sistema semi-intensivo do CECAN (Souza, 2013). O caititu em vida livre é considerado muito resistente e em cativeiro se adaptam facilmente a outros alimentos tendo boa aceitação, para silagem de milho (Zea mays), raspa de mandioca (Manihot sculentun) "in natura", cana de açúcar triturada, folhas e ponteiros de rami e 7    $8  9  $9 $ :   2   bagaço de cana, experimento realizado com caititus em cativeiro por (LIVA et alii, 1989; NOGUEIRA-FILHO;LAVORENTI, 1997; NOGUEIRA-FILHO et al., 2006). Na criação semi-intensiva os caititus são mantidos em piquetes, que devem ser de, pelo menos, 2,5 mil metros quadrados, o suficiente para acomodar 20 matrizes e dois reprodutores. Podem ser instalados em matas, pastos ou cerrados, sem que haja necessidade de retirar sequer uma árvore. Porém, há o custo com o cercado de tela de alambrado, com malha de três polegadas e 1,5 metros de altura, sustentado por postes de concreto ou de madeira a cada três metros. A cerca é fixada em um baldrame (base de concreto) de 40 centímetros de profundidade, para impedir a fuga por baixo da tela. A colocação de fio eletrificado entre 20 e 30 centímetros de altura do chão é uma alternativa mais barata para substituir o baldrame. 3.6.2 Sistema de Criação Intensivo Na criação intensiva os animais são mantidos em baias, de alvenaria ou metade alvenaria e metade de madeira em uma área de 15 m2. O piso pode ser todo cimentado ou 10 m2 de areia e 5m2 cimentado, cercado com tela de alambrado com uma pequena mureta. Com uma área toda coberta ou metade coberta e metade descoberta onde os animais possam tomar banho de sol. Figura 05 - Criatório Científico de Caititu da Embrapa Amazônia Oriental (ALBUQUERQUE, 2006).   Figura 06 - Centro Experimental de Criação de Animais Nativos de Interesse Econômico e Científico (CECAN), (MADURO, 2010). 3.7 INFANTICÍDIO O infanticídio pode ser um instrumento eficiente para a sobrevivência de determinadas espécies de animais, como controle de densidade, controle da dominação do grupo, incentivo de reprodução para o infanticida ou para evitar gasto de energia com os filhotes. Esse comportamento pode ser desagradável do ponto de vista humano, mas a verdade é que, para muitos filhotes de animais, a maior ameaça à sobrevivência vem de sua própria espécie. No grupo de caititus (T. tajacu), a fêmea dominante é a que faz o controle de densidade, matando os filhotes das fêmeas primiparas ou das fêmeas menos experientes com seus filhotes. Os filhotes são comidos ou apenas mordidos, e quando ele é mordido, a mãe se afasta rejeitando-o, sendo então abandonado. Figura 07: Filhote mordido e filhote com a cabeça comida (Souza, 2013).   De acordo com o jornal BBC Brasil de maio de 2012, a jornalista Anna-Louise Taylor escreveu as vantagens do infanticídio e as estratégias das fêmeas para evitar o infanticídio de seus filhotes e estas estão descritas a seguir. a) Vantagens múltiplas Maiores oportunidades para que o infanticida se reproduza e mesmo para alimentação (quando o infanticida come o filhote morto). É também uma maneira de evitar que seus pais tenham que investir energia para cuidar da cria. Os machos recém-chegados tendem a derrubar os machos pais de suas posições no topo da hierarquia do grupo. Se eles conseguem ferir, expulsar ou até matar um macho que ocupava uma posição dominante no grupo, tomando o seu lugar, os filhotes do antigo líder passam a correr grande risco.Em sociedades de leões, por exemplo, matar filhotes faz com que suas mães voltem a ficar férteis mais rápido, aumentando a chance de que os novos machos se reproduzam. E se não matam os filhotes alheios, correm o risco de que os filhotes do antigo líder cresçam e dêem o seu próprio golpe. b) Estratégia feminina Mas o infanticídio não é cometido apenas por animais machos. Fêmeas também o praticam, disse o zoólogo Tim Clutton-Brock, da University of Cambridge, na Inglaterra. "Fêmeas matam os filhotes umas das outras com a mesma prontidão", disse ele. Ratas matam as crias de outras fêmeas para se alimentar e se apoderam dos ninhos para criar seus próprios filhotes. Ratas também matam sua própria cria se os filhotes têm deformidades ou ferimentos. Isso permite que elas concentrem seus recursos em outros filhotes. O infanticídio também pode aumentar o sucesso reprodutivo de um animal, reduzindo a competição para os filhotes do infanticida. Besouros fêmeas matam as larvas de suas rivais para assegurar que suas próprias larvas sobrevivam. Esse comportamento foi observado também em mais de 40 espécies de primatas, mas em muitas dessas espécies as fêmeas usam estratégias para reduzir os riscos de que ele ocorra - segundo um estudo publicado na revista científica Journal of Theoretical Biology. &  A saída utilizada por essas fêmeas é o acasalamento com parceiros múltiplos para gerar o que os especialistas chamaram de "confusão de paternidade". Ou seja, os machos não sabem quem é o pai do filhote. Isso dá aos filhotes maiores chances de sobreviver quando novos machos tentam se integrar no grupo. "Em um grupo com múltiplos machos, em primatas como os babuínos, se dois machos se acasalam com a mesma fêmea e nenhum sabe quem é o pai do filhote, isso reduz o risco de infanticídio", disse Clutton-Brock. 4. MATERIAL E MÉTODOS 4.1 MATERIAIS 4.1.1 Área O experimento foi realizado no Centro Experimental de Criação de Animais Nativos de Interesse Científico e Econômico (CECAN) que está localizado na Zona periurbana de Manaus, Estado do Amazonas, a margem esquerda da rodovia BR-174, quilometro 35 Manaus – Presidente Figueiredo (coordenadas: Latitude=02º 40’ 11,61” S; Longitude= 60º 02’ 56,06” O; Altitude=74 metros) (Figura 1). Possui 6.000 hectares de área total. Figura 08 – Mapa da área do CECAN (FONTE: ©QGIS 2012)    Segundo a classificação KÖPPEN, Manaus tem um clima considerado Amazônico, correspondente ao clima quente e úmido, com temperatura média anual de 30 °C, umidade relativa elevada durante o ano, com médias mensais entre 76 e 89%, e com precipitação média anual de 2.194,9 mm. O CECAN foi fundado em 14 de dezembro de 1983 na fazenda do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) em Manaus-AM, com objetivo de manejar e conservar os animais nativos com potencial de exploração sustentável. Na área do CECAN encontram-se 3 instalações, dos quais duas delas são instalações que abrigam os animais, ficando uma instalação para o abrigo das pessoas que trabalham na propriedade. Os animais que o CECAN abriga hoje são: caitetus, pacas, cutias e capivaras. Atualmente, este criatório de caitetus está vinculado à Universidade Federal do Amazonas – UFAM, tendo como objetivo a criação e conservação de animais nativos de interesse econômico, tais como: Caitetus (Tayassu tajacu), Capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris), Pacas (Agouti paca), Cutias (Dasyprocta prymnolopha) e Antas (Tapirus terrestris). 4.1.2 Instalações 4.1.2.1 Sistema Semi-intensivo O sistema semi-intensivo possui uma área de 1.700 m2 de floresta tropical umbrófila de terra firme, sendo cercada por tela de alambrado malha 3”, fio No14, altura de 1,35 m e arame liso No 16. A área de alvenaria é composta de um galpão de contenção medindo 486 m2, com subdivisão em quatro cambiadores de 8 m x 3 m (24 m2), três áreas descobertas, sendo duas de 7 m x 6 m (42 m2) e uma de 15 m x 7 m (105 m2), além de um corredor de 27 m x 3 m (81 m2). Em cada cambiador há um comedouro de madeira de 1,50 m x 20 cm, com profundidade média de 16 cm, totalizando quatro comedouros. Para o fornecimento de água, existem 3 tanques, o primeiro com 3,2 m x 0,67 m, com profundidade de 60 cm, o segundo com 3 m x 0,70 m e o último com 0,5 m x 1,62 m.   Figura 09 – Planta baixa do quarentenário II, galpão. Figura 10 – Área externa do Sistema semi-intensivo (Souza, a – 2012 e b – 2013).     Figura 11 – Área interna do Sistema semi-intensivo (Ferreira, 2010). Figura 12 – Comedouros do Sistema semi-intensivo (Ferreira, 2010). 4.1.2.2 Sistema Intensivo O sistema intensivo é composto por galpão com área total de 300 m2, com 20 baias (das quais utilizaremos metade), sendo que cada baia possui 5 m x 3 m (15 m2), onde 10 m2 são de areia e 5 m2 de piso cimentado. A altura do cercado é de 2 m, sendo 80 cm de alvenaria e 1,20 m de alambrado. Os bebedouros são de alvenaria, com troca de água diária e comedouros de plásticos.   Figura 13 - Esquema da instalação com sistema intensivo (SILVA, 2012). Figura 14 – Área externa do Sistema Intensivo (Martins, 2010) e (Santos, 2011). Figura 15 – Galpão Experimental (a - SANTOS, 2011 e b – SOUZA, 2013).     Figura 16 – Bebedouros do Sistema Intensivo (Ferreira, 2010). 4.1.3 Animais 4.1.3.1 Sistema Semi-intensivo Os animais do sistema semi-intensivo vivem em grupos, sendo que os nascimentos ocorrem sem interferências de tratadores e técnicos. O manejo biométrico destes animais realizou-se semestralmente, e o controle de nascimentos e mortes foi feito através de observações semanais. O plantel de criação semi-intensiva constituiu-se, inicialmente, de 119 animais (Adultos: 35 machos e 46 fêmeas; Jovens: 5 machos e 15 fêmeas; e 18 filhotes). Figura 17 – Animais do Sistema Semi-intensivo (Souza, 2013). 4.1.3.2 Sistema Intensivo No sistema intensivo, os animais foram separados por grupos, sendo dois (casais), três (1M:2F) ou quatro indivíduos (1M:3F) por baias, geralmente, selecionados por idade e massa corporal aproximadas. Utilizou-se 23 animais (sete machos e 16 fêmeas),   alojados em oito baias. Os animais selecionados foram pesados, medidos, vermifugados e marcados com microchips para identificação individualizada. Figura 18 – Animais do Sistema Intensivo (Souza, 2013). 5. METODOLOGIA Os dados relacionados à criação de caitetus em cativeiro, nos sistemas de criação semi- intensivo e intensivo do CECAN como, índices zootécnicos e custos de produção foram obtidos através do monitoramento do plantel de caitetus, e da escrituração zootécnica dos coeficientes de produtividade e de reprodução. Também foi utilizada a série histórica dos registros zootécnicos e de custos de produção feitos para os sistemas de criação de caitetus do CECAN sendo que estes tiveram controles efetivos por seis anos registrados em planilhas. Logo, a base deste trabalho foram os anos de 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011 e 2012. As variáveis analisadas foram as seguintes: Coeficientes zootécnicos de produção (peso médio final, ganho diário de peso, consumo de ração, conversão alimentar e rendimento de carcaça) e reprodução (número total e médio de filhotes, número de partos/ano, eficiência reprodutiva). 5.1 COEFICIENTES ZOOTÉCNICOS Os dados de produção e reprodução foram extraídos do controle de nascimentos, mortes, fuga e biometrias dos animais do plantel, realizados ao longo de seis anos e de 2012 (2006, 2007, 2008, 2009, 2010 e 2011). 5.2 GANHO DIÁRIO EM PESO (GDP), CONSUMO DE RAÇÃO, CONVERSÃO ALIMENTAR (CA) À partir dos dados de consumo de ração obtiveram-se índices como: consumo diário dos animais e, em alguns anos, por sexo e categoria, e, por conseguinte, consumo mensal e anual. E através destes, juntamente com as biometrias realizadas, calculou-se o Ganho diário em   peso (GDP) e conversão alimentar (CA) dos animais nos dois tipos de sistemas de criação empregados. Foram utilizadas as seguintes fórmulas: a) Ganho Diário de Peso (GDP) = Biomassa total final (kg) - Biomassa total inicial (kg)/Número de dias entre a pesagem inicial e final. Para calcular o consumo de ração, foram pesada a quantidade de ração produzida quinzenalmente, a quantidade de ração fornecida diariamente e as sobras de cada comedouro. À partir dos dados de consumo de ração, serão obtidos índices como: consumo diário dos animais, consumo mensal e anual. b) Consumo Diário de ração= ração total fornecida – total de sobras de ração/número de dias. c) CA = Consumo de ração (kg)/ganho de peso total(kg). 5.3 EVOLUÇÃO DO PLANTEL A evolução do plantel foi projetada utilizando os registros de progressão do plantel semi-intensivo e intensivo de 2006 a 2012. 5.4 PROPORÇÃO MACHO:FÊMEA E PERCENTUAL POR CATEGORIAS A razão sexual nos dois sistemas (proporções macho:fêmea) foi definida de acordo com os dados registrados nas fichas de controles do plantel, assim como a porcentagem de acordo com as categorias de idade: filhotes (animais de 0 – 3 meses), jovens (3 – 10 meses), subadultos (10 – 18 meses) e adultos (acima de 18 meses). Para a proporção Macho:Fêmea, foram contados o número total de machos e de fêmeas e obtidos os percentuais por categoria. 5.5 FREQUÊNCIA E TIPOS DE PARTO De acordo com os dados que foram tabulados e registrados durantes esses oito anos, foi feito o levantamento de quantidade de partos por mês, definindo quais os meses com maior número de partos e identificados as quantidades de partos normais e de partos gemelares e o número médio de filhotes por parto. 5.6 PRODUTIVIDADE LÍQUIDA DO PLANTEL E EFICIÊNCIA REPRODUTIVA A eficiência reprodutiva ou taxa reprodutiva total foi calculada multiplicando-se o percentual de fêmeas no grupo pelo percentual de fêmeas reprodutivamente ativas vezes o número médio de partos/fêmea/ano vezes o número médio de filhotes por ninhada. A produtividade líquida foi calculada multiplicando o número de filhotes produzidos pelo ganho médio de peso dos animais do plantel.   5.7 POTENCIAL PARA ABATE E RENDIMENTO DE CARCAÇA Para estimar o potencial de abate do plantel, calculou-se a biomassa total média de 50% do total de machos do plantel com idade acima de 10 meses (idade ideal para abate). O rendimento de carcaça foi estimado com base no abate de seis animais do sistema intensivo e seis animais do sistema semi-intensivo. 5.8 CUSTOS DE PRODUÇÃO Para análise econômica foram utilizados os seguintes índices: a) Custos Fixos (CF): Foram considerados como custos fixos os gastos com mão de obra do tratador dos animais, encargos sociais relacionados ao contratado, água e energia, manutenção de equipamentos, bem como a depreciação de instalações e afins. b) Custos Variáveis (CV): Nos custos variáveis, consideraram-se os gastos com a alimentação do plantel do sistema semi-intensivo e dos animais do sistema intensivo, e medicamentos. c) Custos Totais (CT): Os custos totais foram provenientes da somatória dos custos fixos e variáveis. d) Custos Unitários da Produção (CUP): O cálculo para este índice foi feito com o peso médio dos animais produzidos durante todo período analisado. O CUP levou em consideração os Custos Totais (CT), dividido pela biomassa dos animais de abate. O que permitiu estimar o custo por quilo de carne produzida. CUP = CT (CFT + CVT)/Biomassa 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO 6.1 ANIMAIS DO EXPERIMENTO E COLETA DE DADOS. Existem no CECAN em sistema intensivo vinte e três caititus (tabela 01) e no sistema semi-intensivo, doze caitetus do Tropical e 119 do Plantel, dos quais o trabalho foi realizado com os animais do sistema intensivo e do plantel (semi-intensivo).   Figura 19: Caitetus do CECAN Os animais que fazem parte desse experimento são os caititus (Tayassu tajacu) entre machos e fêmeas, adultos, jovens e filhotes. Os quais foram manejados durante o ano de 2012 e 2013. Figura 20 – Caititu (Tayassu tajacu) (Souza, 2012) Para coleta de dados estabeleceram-se alguns parâmetros, tais como: contagem de animais, pesagem, consumo de alimentos e biometria dos caititus no sistema intensivo. No sistema semi-intensivo foi realizada apenas a contagem. O experimento iniciou dia 4 de setembro de 2012, quando foi realizada a primeira contagem dos animais, podendo-se observar na tabela 1 a quantidade de animais existente. &  Tabela 1 - Quantidade de animais no início do experimento Sistema semi-intensivo Baia/Galpão Quantidade de animais Plantel 119 Sistema intensivo Baia Quantidade de animais B8 – D 2 B6 – D 6 B3 – E 3 B4 – E 3 B5 – E 3 B7 – E 2 B8 – E 4 Total 23 Também foi realizada a biometria dos animais do sistema intensivo e para essa atividade foram utilizados o puçá, fita métrica e uma balança (Figura 21). Figura 21 – Materiais utilizados na biometria: (a) puçá, (b) fita métrica, (c) balança (Souza, 2013). Com o puçá, capturavam-se os animais para pesar e medir (figura 18). Os pesos e os tamanhos dos animais estão inseridos no quadro 3.   (    Quadro 03 – Biometria dos animais do sistema intensivo. INICIAL (04/09/2012) FINAL (20/07/2013) BAIA PESO COMPRIMENTO SEXO PESO COMPRIMENTO SEXO B8- E 14,5 60 F 18 73 F B8- E 16,5 67 F 21 73 F B8- E 21,5 79 M 26 75 M B8- E 16,5 63 F B8- E 17 73 F B7-E 7,5 41 M 17 78 M B7-E 8,5 52 M 21 77 M B5-E 19,5 65 F 26 72 F B5-E 18 69 M 22 77 M B5-E 4 40 F B5-E 15 69 F B5-E 19 76 F B4-E 19 69 F 23 76 F B4-E 16 68 F 21 77 F B4-E 16 61 M 23 69 M B4-E 5,5 49 F B3-E 18 71,5 M 24 77 M B3-E 14 62 F 17 70 F B3-E 28 79 F 33 78 F B3-E 17 69 M B3-E 16 64 M B8-D 25 63 F 27 89 F B5/B6-D 12 63 F 22 69 F B5/B6-D 18 64 F 26 70 F B5/B6-D 17 60 F 19 68 F B5/B6-D 18 63 M 28 77 M B5/B6-D 3,5 33 M B5/B6-D 13,5 58 M B5/B6-D 15,5 70 M B5/B6-D 13 65 M B5/B6-D 11 66 F   Figura 22: Captura e biometria: (a) captura, (b) medida do comprimento e (c) pesagem (SOUZA, 2012). 6.2 MANEJO No sistema intensivo os animais receberam alimentação pela parte da manhã. Foram pesadas as sobras e à cada sete dias foi feita a contagem dos animais. A biometria foi feita nos dias 04 de setembro de 2012 e 20 de julho de 2012. No sistema semi-intensivo foi realizado o monitoramento de nascimento, morte e contagem do plantel. O plantel tinha no início de março 119 animais entre machos e fêmeas, adultos, jovens e filhotes. Na baia Tropical tinha 12 animais adultos entre machos e fêmeas e, no primeiro galpão tinha 23 animais divididos em sete baias. A contagem dos animais do plantel foi feita também à cada sete dias.   (   6.3 LIMPEZA E FORNECIMENTO DA RAÇÃO À cada sete dias era realizada a limpeza das baias, dos comedouros e bebedouros, dos quais foram retiradas as fezes e restos de ração jogados no chão com ajuda de uma pá, uma enxada e um carrinho de mão. O corredor foi varrido para diminuir a proliferação de moscas (figura 23). Figura 23 – Limpeza das baias, comedouros e bebedouros (Souza, 2012). O fornecimento de ração era feito tendo como base 750 g/animal/dia para caitetus adultos e para filhotes a metade desse valor (figura 24). Todos os animais receberam ração isocalórica (3.300kcal/kg) e isoprotéica (14% PB), à base de milho e soja. Figura 24 – Pesagem de ração (Souza, 2012).   6.4 COEFICIENTES ZOOTÉCNICOS 6.4.1 Sistema Intensivo e Semi-intensivo 6.4.1.1 Consumo de Ração A ração era fornecida diariamente aos animais, geralmente pela manhã. A mesma era espalhada nos seis comedouros de madeira encontrados na área coberta da instalação, sendo que no ano de 2012/2013, o consumo médio diário total do plantel foi de 79,56 kg de ração (tabela 02), com média de 119 animais. Percebeu-se que as fêmeas com filhotes não iam comer na hora em que era servido o alimento. Os primeiros à comer eram os demais animais (machos e fêmeas adultos, subadultos e os jovens). Tabela 02 – Produção e consumo de ração do plantel de agosto de 2012 a julho de 2013. Dados Total Produção Total de Ração 31.000Kg Consumo Médio Diário por Animal* 0,650kg Consumo Médio Diário/Plantel 77,35Kg Consumo Mensal/Plantel** 2.320,50Kg Consumo Anual/Plantel** 25.525,50Kg Ração Usada para o Plantel (%) 82,34% Ração Usada para Outros Animais (%) 0,09% * Razão entre o consumo Médio Diário/Plantel e o nº médio de animais. ** Consideraram-se apenas os dias úteis. A ração fornecida nas baias era posta todos os dias nas caçapas de plásticos. Os animais recebiam 22 kg de ração, sendo o consumo médio diário total dos animais das baias de 18,62kg de ração (Tabela 03), com média de 23 animais. Neste quaternário onde ficaram os animais do sistema intensivo notou-se que os primeiros à se alimentar foram as fêmeas com seus filhotes e, ainda os filhotes com uma semana, além de mamar também comem ração junto com a mãe.   Tabela 03 – Produção e consumo de ração das baias em 2012. Dados Total Produção Total de Ração 31.000Kg Consumo Médio Diário por Animal* 0,666kg Consumo Médio Diário/ Sistema Intensivo 20,64kg Consumo Mensal/ Sistema Intensivo ** 453,98kg Consumo Anual/Sistema Intensivo** 5.447,81kg Ração Usada no Sistema Intensivo (%) 17,57% Ração Usada para Outros Animais (%) 0,09% * Razão entre o consumo médio diário/baia e o nº médio de animais. ** Consideraram-se apenas os dias úteis. A fabricação de ração era quinzenal, onde se usava a proporção descrita na tabela 04. A mistura dos ingredientes foi realizada na Fazenda Experimental da UFAM, localizada no Km 38 da Br – 174 (Figura 25). A ração fornecida aos caititus foi baseada na ração para suínos e não foi exclusiva para alimentação deles. Apenas 99,28% era destinada a esta atividade. Este valor foi encontrado através das planilhas de controle relativo ao fornecimento de ração em 2012, ou seja, dos 28.743 kg de ração fabricados neste ano, somente 28.537,40 kg foram para criação de caitetus. Figura 25 – Confecção da ração (Souza, 2012).   Tabela 04. Ingrediente e quantidade da ração. Ingredientes Total de Sacos Total (kg) Quant. de batidas Quant. p/ cada batida (kg) Milho 18 900 3 300 Farelo de soja 12 600 3 200 Sal comum 7 6,75 3 2,25 Nucleomix 1 5,4 3 1,8 NOGUEIRA FILHO (1992) relata o balanceamento de uma ração à base de milho e farelo de soja com a qual se conseguiu resultados satisfatórios para a alimentação dos catetos em cativeiro. Segundo levantamento de NOGUEIRA FILHO et alii (2004b) em Ilhéus – Bahia, a criação comercial de catetos pode se tornar uma alternativa de diversificação de produção de renda para os produtores rurais desde que se utilizem fontes alternativas de alimentos à baixo custo. No decorrer dos anos, a produção de ração aumentou gradativamente e, em 2012 a produção disparou quase que dobrando a produção (figura 26). Devido a esse aumento na produção de ração deve ser estudo alimentos alternativos para baixar os custos com a alimentação. Começou em 2006 com 11.500 kg e em 2012 produziu 28.743 kg. Figura 26: Total de ração produzida anualmente.   Nos anos de 2007 e 2008 não houve um controle diário do consumo de ração. Os dados foram obtidos através de registros relacionados ao controle de fabricação de ração, utilizando-se assim os dados de 2009 como parâmetros para esses dois anos. Os de 2006 foram extraídos através de estimativas, tendo como base os demais anos. O valor da ração foi calculado de acordo com as notas fiscais do milho e do farelo de soja referente ao ano, já que os mesmos sofreram variações de preço no decorrer dos anos. A produção anual de ração e o consumo estimado estão na tabela 05. Tabela 05 – Produção anual e consumo de ração. Ano Total (Kg) Consumo/Plantel (kg) Consumo/Baias (kg) 2006* 11.500 3.141 - 2007 11.700 5.129 - 2008 12.270 7.072 - 2009 16.450 8.840 2.188,80 2010 15.431,50 5.017,82 2.942,78 2011 16.618,23 7.795,55 3.915,10 2012 28.743 23.218,50 5.311,50 Jul/2013 22.000 13.923,00 3.396,61 * Consumo estimado de acordo com o nº de animais e dados dos anos seguintes. 6.4.1.2 Conversão Alimentar (CA) e Ganho Diário em Peso (GDP) Durante 287 dias, os 23 animais do sistema intensivo consumiram um total de 3.396,61 kg de ração (Média de consumo total por baia de 189,10±44,69 kg/baia), com um consumo médio diário por animal de 0,666±0,16 kg/animal/dia. Nas baias, inicialmente tinhamos 33,89% adultos, com média de peso 20,79±4,01 kg, 33,33% subadultos, com média de peso de 16,42±2,67 kg e 27,78% jovens, com média de peso de 12,60±4,79 kg. Depois de 287 dias, o plantel intensivo evoluiu para 41,94% adultos com média de peso 23,42±4,29 kg, 22,58% subadultos, com média de peso de 20,07±4,09 kg,   25,81% jovens, com média de peso de 15±2,49 kg e 9,68% filhotes, com média de peso de 4,33, ±0,78. De acordo com ANDRADE et alii (2010) para nove caitetus criados em baias formando casais ou grupos de três indivíduos, monitorados por 36 meses, foram encontrados os seguintes pesos médios por categoria: Machos Adultos=20,8±3,2 kg; Fêmeas Adultas=27,3±13,9 kg; Subadultos machos=12,8±4,0 kg; Subadultos Fêmeas=11,4±1,6 kg; Jovens Machos=7,0±2,1kg; Jovens Fêmeas=6,4±2,2kg; Filhotes machos=1,9±0,5 kg; Filhotes fêmeas=2,3 ±0,5 kg. Tabela 06. Biometria e índices zootécnicos. 41,94% de adultos, 22,58% Subadultos, 25,81% de Jovens e 9,68% de Filhotes (no de machos=13; nº de fêmeas=18; total=31). Itens Média DP1 Média do peso inicial (kg) 17,06 5,00 Média do comprimento inicial (cm) 64,25 8,75 Média do peso final (kg) 18,73 6,86 Média do comprimento final (cm) 69,03 11,29 Média do ganho total de peso (kg) 8,82 5,29 Média do ganho diário de peso (g/dia) 30 20 Média do consumo de ração total (kg) 189,10 44,69 Média da conversão alimentar2 (kg) 32,55 26,57 Biomassa total produzida (kg) 246,06 Biomassa total (kg) 580,50 1DP=desvio padrão 2Conversão alimentar (g da ração/ g de ganho diário de peso). Para 23 caitetus criados em baias, formando casais ou grupos de três ou quatro indivíduos, monitorados por 287 dias, foram encontrados os seguintes índices zootécnicos (tabela 06): Ganho médio de peso de 8,82±5,29 kg, ganho diário de peso de 30±20 g/dia tendo uma conversão alimentar (CA) de 32,55±26,57kg, com biomassa total produzida de 246,06kg.   CABRAL et alii (2008) viram que cada unidade de PV ganho promove aumento de 0,1578 unidades na CA, ou seja; piora a conversão alimentar. Desta forma, na faixa de 30 e 35 kg de PV, a CA média estimada seria de 4,75 e 6,70, para animais com PV entre 40 e 45 kg. Os dados para calcular o ganho diário de peso que estão nas tabelas 07 a 14 dos anos de 2006 à 2011, foram retirados de arquivos encontrados no Laboratório de Animais Silvestres – LAS, localizado na Universidade Federal do Amazonas – UFAM. Tabela 07 – Ganho Diário Peso – GDP de Tayassu tajacu (caititu) do plantel em 2006. Categoria Média Peso (kg) (31/03/2006) Média Peso (kg) (08/08/2006) GDP* (g/dia) Machos Adultos 22,9±3,61 24,04±1,06 43 Fêmeas Adultas 24,63±1,93 28,15±5,01 43 Subadultos 14,27±2,01 - Jovens - - Filhotes 1,47±1,09 - 32 * Intervalo de 131 dias entre as Biometrias dos adultos e dos subadultos. Os dados utilizados para calcular o GDP dos filhotes de 2006, são os dados dos subadultos de 2007com intervalo de 435 dias entre as biometrias. Tabela 08 – Ganho Diário Peso – GDP de Tayassu tajacu (caititu) do plantel em 2007. Categoria Média Peso (kg) (1º Semestre 2007) GDP* (g/dia) Machos Adultos 25,68±5,48 20 Fêmeas Adultas 28,1±6,45 18 Subadultos 14,63±1,62 21 Jovens - - Filhotes 1±0 34 * Intervalo de 305 dias entre as Biometrias dos adultos, 435 dias dos subadultos. Os dados utilizados para calcular o GDP dos filhotes de 2007, são os dados dos jovens de 2008 com intervalo de 226 dias entre as biometrias. &  Tabela 09 – Ganho Diário Peso – GDP de Tayassu tajacu (caititu) do plantel em 2008. Categoria Média Peso (kg) (1º Semestre 2008) Média Peso (kg) (2º Semestre 2008) GDP* (g/dia) Machos Adultos 21,7±6,11 21,27±9,97 39,7 Fêmeas Adultas 18,88±6,07 22,72±5,04 34,4 Subadultos 16,42±5,69 15,01±2,60 25,6 Jovens 9,1±1,74 8,25±1,26 41,4 Filhotes 2,77±0,32 3,86±2,70 46,9 * Intervalo de 169 dias entre as Biometrias para adultos e subadultos, e 337 dias dos filhotes. Tabela 10 – Ganho Diário Peso (GDP) de Tayassu tajacu (caititu) do plantel em 2009. Categoria Média Peso (kg) (2º Semestre 2009) GDP* (g/dia) Machos Adultos 22,36±2,68 19,2 Fêmeas Adultas 22,10±2,33 11,3 Subadultos 21,36±6,69 38,3 Jovens 6,98±3,60 Filhotes 1,27±0,37 * Intervalo de 337 dias entre as Biometrias. Tabela 11 – Ganho Diário Peso – GDP Tayassu tajacu (caititu) do plantel em 2010. Categoria Média Peso (kg) (1º Semestre 2010) GDP* (kg) Machos Adultos 24,84±4,62 8,2 Fêmeas Adultas 26,81±5,22 15,6 Subadultos 16,50±4,37 36,4 Jovens 13,14±3,63 - Filhotes 0,90±0,32 - * Intervalo de 394 dias entre as Biometrias    Tabela 12 – Ganho Diário Peso – GDP Tayassu tajacu (caititu) em 2010 dos animais do sistema intensivo. Categoria Média Peso (kg) (1º Semestre 2010) GDP* (g/dia) Machos Adultos 25,2±3,56 60 Fêmeas Adultas 27,5±3,98 60 Subadultos - - Jovens - - Filhotes - - * Intervalo de 99 dias entre as Biometrias Tabela 13 – Ganho Diário Peso – GDP Tayassu tajacu (caititu) em 2011 dos animais do sistema intensivo. Categoria Média Peso (kg) (1º Semestre) GDP* (kg) Machos Adultos 20,83±1,72 20 Fêmeas Adultas 22,46±4,56 20 Subadultos 15,57±1,88 20 Jovens - - Filhotes 5,63±5,97 80 * Intervalo de128 dias entre as biometrias para adultos e subadulto e 80 e 39 dias entre as biometrias dos filhotes   Tabela 14 – Ganho Diário Peso – GDP Tayassu tajacu (caititu) em 2012 dos animais do sistema intensivo. Categoria Média Peso (kg) (1º Semestre) Média Peso (kg) (2º Semestre) GDP* (g/dia) Machos Adultos 19,25±2,47 22,88±1,80 60 Fêmeas Adultas 18,55±2,77 22,45±3,10 40 Subadultos 14,08±1,83 16,15±1,98 30 Jovens 9,33±0,58 8±0,71 80 Filhotes - - - * Intervalo de 102 dias entre as Biometrias Tabela 15 – Ganho Diário Peso – GDP de Tayassu tajacu (caititu) do intensivo em 2013. Categoria Média Peso (kg) (2º Semestre 2012) Média Peso (kg) (2º Semestre 2013) GDP* (g/dia) Machos Adultos 21,90±4,36 23,75±1,71 20 Fêmeas Adultas 18±0 23,56±5 10 Subadultos 16,42±2,67 20,07±4,09 30 Jovens 12,60±4,79 15±2,49 50 Filhotes - 4,33±1,04 10 * Intervalo de 287 dias entre as Biometrias para adultos e subadulto, e 30 dias para os filhotes. 6.4.1.3 Evolução do Plantel e Proporção Macho:Fêmea A tabela 16 apresenta a quantidade de animais nos sistemas intensivo (baias) e semi- intensivo (plantel), quando no plantel inicial havia 119 animais e no final tinha 168 indivíduos com um incremento anual de 1,05 e no sistema intensivo, havia 23 animais e no final tinha 33 caititus (T. tajacu) com um incremento anual de 1,22. A figura 27 apresenta a evolução do plantel e das baias do ano de 2012.   Tabela 16: Evolução do plantel de setembro 2012 a julho 2013. Espécie Plantel Inicial Nasci mento Morte Infanticí dio Abate Plantel Final OBS: Tayassu tajacu Plantel 119 68 5 17 54 111 Baias 23 16 7 0 0 32 Figura 27: Nº de nascimentos registrados dos dois sistemas de criação de setembro de 2012 a junho de 2013. Em 2006, o plantel era constituído de 22 animais, sendo 12 machos e 10 fêmeas. No ano seguinte (2007), houve nova biometria, vermifugação e pesagem dos animais e um aumento de 118,18%, com 12 machos e 14 fêmeas. Neste mesmo ano, quatro animais foram abatidos a fim de se obter dados relativos ao rendimento de carcaça. No ano de 2008, houve um acréscimo de 150%, constando 18 machos e 21 fêmeas. Em 2009, o aumento foi de 128,20% totalizando 50 animais, sendo 20 machos e 30 fêmeas. No ano de 2010, houve um aumento de 106% totalizando 53 animais, sendo 25 machos e 28 fêmeas. Nos anos de 2011 e 2012, não houve biometria dos animais do plantel. Foi feita uma estimativa pelo total do plantel tirando a porcentagem entre macho e fêmea do ultima biometria onde era 48,39% de machos e 51,61% de fêmeas sendo encontrado em 2011 um aumento de 177,37%, com 45 machos e 49 fêmeas. Em 2012 houve um aumento de 159,57% comparado a 2007, com 88 machos e 62 fêmeas. E o primeiro semestre de 2013 houve um aumento de 124% com 106   machos e 80 fêmeas totalizando 186 animais (tabela 16). Durante os cinco anos em que houve biometria, o aumento do plantel foi de 281,81%. E durante os sete anos e seis meses onde os últimos anos foram estimados pelo total do plantel entre adultos, subadultos, jovens e filhotes, obteve um acréscimo de 845,45%. Tabela 17 – Evolução do plantel de 2006 até o 1º semestre de 2013. Categoria 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013/1 Machos 12 12 18 20 25 - 88 90 Fêmeas 10 14 21 30 28 - 62 79 Total 22 26 39 50 53 94 150 169 Evolução do Plantel (%) 118,18% 150% 128,20% 106% 177,37% 159,57% 112,67% O plantel começou com 22 animais e, no decorrer dos anos aumentou gradativamente e em dezembro de 2012 tinha 131 caititus entre adultos, subadultos, jovens e filhotes. Somente em 2009, foram separados quatro e depois mais 12 animais para experimentos nas baias totalizando 16 animais e, os nascimentos começaram à partir de 2011 (figura 28). E no primeiro semestre de 2013 tinha 168 caititus entre adultos, subadultos, jovens e filhotes. Figura 28: Evolução anual do plantel e das baias. A razão sexual nos dois sistemas (proporção macho:fêmea), onde no plantel em 2006 a proporção macho:fêmea era 13:7 e o primeiro semestre de 2013 era 22:30 (tabela 18). Não foi feita a proporção macho:fêmea em 2011 porque não foi realizado a biometria nesse ano. Assim, não foi possível saber quantos machos e fêmeas existem no plantel nesse período. Apenas o   total de animais. Nas baias a proporção macho:fêmea foi de 6:10 em 2006 com média de 1,67:2 para cada baia e em 2013 foi de 7:17 com média de 1,17:1,83 (tabela 19). Tabela 18 – Proporção Macho:Fêmea do sistema semi-intensivo (2006 a 2012). Categoria 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Macho : Fêmea 13:7 10:13 14:15 15:23 24:26 - 41:34 56:45 Total de animais adultos e subadultos 20 23 29 38 50 - 75 101 Tabela 19 – Proporção Macho:Fêmea nas Baias (2010 a 2013). Categoria 2009 2010 2011 2012 2013 Macho : Fêmea 6:10 (1,67:2)* 6:10 (1,67:2)* 7:19 (1,17:3)* 8:19 (1,17:3)* 7:17 (1,17:1,83)* Total de animais adultos e subadultos 16 16 26 27 24 * A proporção macho:fêmea no sistema intensivo é tirado através das médias pois os animais são separados nas baias como casais ou um macho e duas fêmeas, um macho e três fêmeas, um macho e quatro fêmeas e dois machos e quatro fêmeas. 6.4.1.4 Composição Percentual por Categorias A predominância de categoria foi de animais adultos no plantel com média de 55,63 % dos caititus (T. tajacu), com média de 23,94% de fêmeas e 31,69% de machos, tendo com menor frequência a categoria de subadultos. Entretanto, deve-se considerar a dificuldade em diferenciar esta categoria com os animais adultos, pela semelhança de pelagem e tamanho. Nas baias, também houve maior predominância de adultos com média de 45,45% dos animais, com média de 30,30% de fêmeas e 15,15% dos machos. Tabela 20 – Composição percentual do plantel por categorias. Categoria 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Adultos 50% 56% 56,41% 72% 54,84% 51,06% 57,25% 60,12% Subadultos 13,64% 36% 20,51 % 4 % 12,90% 10,64% 15,27% 15,48% Jovens 9,09% - 12,82 % 8 % 17,74% 21,27% 11,45% 20,24% Filhotes 27, 27 % 8% 10,26 % 16 % 14,52% 17,03% 16,03% 4,17% Total 100 % 100 % 100 % 100 % 100% 100% 100% 100%   Tabela 21 – Composição percentual das baias por categorias. Categoria 2010 2011 2012 2013 Adultos 66,67% 54,84% 48,28% 45,45% Subadultos 33,33% 19,35% 34,48% 21,21% Jovens - 9,68% 10,34% 24,24% Filhotes - 16,13% 6,90% 9,09% 100% 100% 100% 100% Tabela 22 – Composição sexual da categoria adulta do plantel. Categoria 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Fêmeas 31,82% 36% 23,08% 30% 29,03% 36,17% 38,17% 26,79% Machos 18,19% 20% 33,33% 42% 25,81% 25,53% 29,77% 33,33% 50,01% 56% 56,41% 72% 54,84% 61,70% 67,94% 60,12% Tabela 23 – Composição sexual da categoria adulta das baias. Categoria 2010 2011 2012 2013 Fêmeas 46,67% 32,26% 34,48% 30,30% Machos 20% 22,58% 13,79% 15,15% 66,67% 54,84% 48,28% 45,45% 6.4.1.5 Frequência e Tipos de Parto Segundo Mayor et al. (2007) e Guimarães et al. (2006), os índices zootécnicos são os seguintes:  O ciclo estral da fêmea do caititu é em torno de 23 dias.  A média do número de produtos por parto é de 02 crias (1 - 3 filhotes), a proporção macho/fêmeas de animais nascidos em cativeiro é de: Machos: 47,4%; fêmeas: 52,6%.  O período de gestação é de quatro meses e meio, sendo que o intervalo entre partos é de 196 dias, mas existe o cio fértil uma semana após o parto.    A média de idade da primeira parição da fêmea de caititu é de 639 dias sendo que a primeira parição ocorre na idade de 381 dias.  Esta população se reproduz continuamente ao longo do ano. Assim, no ano de 2012, ocorreram 51 partos (cinco nas baias e 46 no plantel), totalizando 74 filhotes dos quais 10 filhotes são das baias e 64 são do plantel. No sistema intensivo, do total de partos estudados, 20% (1 parto) foi classificado como simples, 60% (3 partos) duplos e 20% (1 parto) triplo (figura 29). Os partos ocorreram durante todo ano, não tendo um período específico. Neste sistema, 20,83% das fêmeas apresentaram-se reprodutivamente ativas, com média de partos/fêmea/ano igual à 0,05±0, com um número médio de filhotes por parto igual à 2±0,71 filhotes. ANDRADE et al. (2008) citam que “os partos ocorreram somente no período chuvoso (março a junho). Neste sistema de criação, onde as fêmeas ficam isoladas formando casais, 50% das fêmeas apresentaram-se reprodutivamente ativas, sendo a média de partos/fêmea/ano igual à dois, com um número médio de filhotes por parto igual à 1,5±0,71 filhotes.” Figura 29: Tipos de Partos do Sistema Intensivo 2012. No primeiro semestre de 2013 as fêmeas de caititu tiveram 11 parições e não houve parto triplo, houve apenas partos simples e gemelares (Figura 30), diferente do ano anterior.   Figura 30: Tipos de partos do sistema intensivo 2013. MAYOR (2004) comparou os parâmetros reprodutivos de caitetus criados em sistema intensivo em Belém (26 animais) e em Iquitos (6 animais) e verificou que o número de partos/ano e o número de filhotes/parto foram maiores, respectivamente, em Belém (2,3±0,4 partos/ano e 1,9±0,41 filhotes/parto) do que Iquitos (2,1±0,2 partos/ano e 1,7±0,5 filhotes/parto). O percentual de filhotes fêmeas também foi maior em Belém (54%) do que em Iquitos (48%). LE PENDU et alii (2004) observaram que esses caitetus criados em sistema intensivo (baias) atingiam o peso de abate entre os 10-12 meses (machos=18-19,8 kg; fêmeas=17,5-19 kg). Observaram também que o número médio de filhotes por parto, nesse sistema, era igual à 2,0±0,4 filhotes/parto, com 2,3±0,4 partos/ano e tempo de gestação de 138,3±0,4 dias, sendo a idade média do primeiro parto igual à 19 meses (595 dias). Outros estudos realizados nesse sistema de baias apresentaram índices similares com idade média à primeira parição igual à 396 dias, 4,5 meses de tempo de gestação, intervalo médio entre partos variando de 168,5 à 179 dias e média de 2 filhotes/parto Quanto a produtividade nesse sistema intensivo, ALBUQUERQUE et alii (2007) encontraram ciclo estral variando de 15,9 à 22 dias, intervalo entre partos entre 145 e 235 dias, com a proporção macho/fêmea de animais nascidos em cativeiro de 46,7% de machos e 53,3% de fêmeas. Do total dos partos estudados no sistema semi-intensivo (plantel), 39,13% (18 partos) foram classificados como simples, 60,87% (28 partos) duplos e nenhum triplo (Figura 31) no ano de 2012. Neste sistema 92% das fêmeas apresentaram-se reprodutivamente ativas, com média de partos/fêmea/ano igual à 0,05±0,03, com um número médio de filhotes por parto igual   à 6,17±4,24 filhotes. Já no primeiro semestre de 2013, as fêmeas de caititus tiveram 22 parições, onde 27,27% (6 partos) simples, 68,18% (15 partos) duplos e 4,55% (1 parto) triplo (Figura 32). Estes dados estão de acordo com DEUTSCH & PUGLIA (1988), que citam que a maioria dos partos é composta de dois filhotes. NOGUEIRA FILHO (1999) cita ter encontrado de um à três filhotes em cada ninhada, este tipo de parto só ocorreu uma vez no CECAN no ano de 2010 no sistema semi-intensivo e no sistema intensivo em 2012. Figura 31: Tipos de Parto do Sistema Semi-intensivo 2012. Figura 32: Tipos de partos do sistema semi-intensivo 2013. &  LINDBERGH & PAULA (2003) afirmam que caitetus em sistema semi-intensivo sob mata nativa, com 10 matrizes e dois reprodutores, 70% das fêmeas tem dois partos/ano, sendo o número médio de partos por fêmea igual a 1,3 partos/ano com uma média de dois filhotes/parição. Segundo estes autores, um habitat aberto demais, como florestas novas, pastagens ou sistemas agrícolas, ou sistemas intensivos provocam uma carência qualitativa do habitat, aumentando o intervalo entre partos e causando o desenvolvimento lento dos filhotes. Em 2012, os meses com maior número de partos foram: Janeiro (23,53%), abril (13,73%) e maio (13,73%). Janeiro com 12 partos, abril e maio com sete. Janeiro foi o mês com maior índice de partos gemelares. As mortes ocorridas no plantel foram todas por infanticídio onde o maior índice foi em dezembro com seis mortes de recém-nascidos (figura 33). Figura 33: Nascimentos e Mortes por Infanticídios do Plantel de 2012. Segundo ANDRADE et alii (2010) “as mães escavavam um buraco raso na terra, no formato de uma banheira, próximo às raízes das árvores e, aí mantinham os filhotes no primeiro dia, o que permitia que elas os defendessem com mais eficiência do assédio dos outros animais do bando.” A cova tem 80 cm de largura com 11 cm de profundidade que serve para a mãe proteger seus filhotes dos outros adultos do bando. Em muitas vezes, a fêmea inexperiente não sabe utilizá-la para proteger seus filhotes que, acabam sendo mordidos e mortos. Foram registrados 74 nascimentos no ano de 2012 com partos mais frequentes em janeiro, diferentemente dos outros anos, em que não teve uma grande quantidade de parto nesse período. A tabela 24 mostra a quantidade de partos de cada mês e a quantidade de mortes por infanticídio do ano de 2012. E no primeiro semestre de 2013 foram registrados 48 nascimentos com partos mais frequentes em março com 18 nascimentos. E a tabela 25 também mostra a    quantidade de partos de cada mês e a quantidade de mortes por infanticídio que aconteceram em 2013. Tabela 24 – Controle de nascimentos e mortes do sistema semi-intensivo de 2012. Mês Partos Parto Simples Parto Gemelar Total de Filhotes Mortes Infanticídio Janeiro 11 6 5 16 - 4 Fevereiro 1 - 1 2 - 1 Março 2 1 1 3 - 4 Abril 6 4 2 8 - 4 Maio 6 3 3 9 - 4 Junho 1 - 1 2 - 1 Julho 2 1 1 3 - 1 Agosto 5 1 4 9 - 4 Setembro 3 1 2 5 - 0 Outubro 5 1 4 9 - 1 Novembro 1 - 1 2 - 2 Dezembro 3 - 3 6 - 6 46 18 28 74 0 32 Tabela 25 – Controle de nascimentos e mortes do sistema semi-intensivo de 2013. Mês Parto Parto Simples Parto Gemelar Parto Trigemelar Total de Filhotes Mortes Infanticídio Janeiro 3 1 2 - 5 - 2 Fevereiro 5 2 3 - 8 - - Março 10 3 6 1 18 - 5 Abril 2 - 2 - 4 - 3 Maio 4 - 4 - 8 - 1 Junho 3 1 2 5 - - Julho - - - - - 2 - 27 7 19 1 48 2 11 Das mortes que ocorreram no CECAN em 2012, todas foram infanticídio, onde as fêmeas dominantes mataram os filhotes das fêmeas primíparas ou as que têm mais de um filhote, diferente dos outros anos em que os filhotes morriam devido à manejos incorretos e   estresse. Todas as mortes dos filhotes foram por mordidas ou foram comidos, isso devia estar acontecendo devido à alta densidade do plantel. Quanto ao índice de infanticídio (Figura 34) foram observados 32 animais acometidos por ataques de fêmeas mais velhas do próprio grupo, proporcionando uma taxa de 43,24% do total de crias nascidas no ano de 2012 e neste ano (2013) já foi registrado 11 mortes por infanticídio e duas por outro motivo. De acordo com PINHEIRO et alii (2001) que trabalharam com esta mesma espécie, “obtiveram 29% de infanticídio em grupo reprodutivo constituído conforme relação sexual de 5 machos para 15 fêmeas.” Figura 34: Número de filhotes de caititu (T. tajacu) nascidos, nº de mortes de filhotes por causas diversas e nº de mortes de filhotes por infanticídio entre 2006 e o primeiro semestre de 2013 no CECAN no sistema semi-intensivo. Segundo ANDRADE et alii (2010) “a taxa de mortalidade dos filhotes foi de 8,3%, sendo que, desse valor 28,6% das morte dos filhotes corresponderam à erro de manejo no momento da contenção e aplicação intramuscular de vermífugos, vitaminas e ferro, aos 7 dias de idade, 42,9% foram motivadas por infanticídios ou abandono e, 28,5% por ataque de sarna ou doenças e nessa época não aconteceu nenhum infanticídio.” Os nascimentos em baias só começaram a ocorrer a partir de 2011, mas com uma pequena frequência. Já em 2012, teve um pequeno aumento e no inicio de 2013 já nasceram 13 filhotes, quase todos de partos gemelares (tabelas 26 e 27). Na tabela 23 a continuação das coletas de dados deverá ser realizada por outras pesquisas.   Tabela 26 – Controle de nascimentos e mortes do sistema intensivo de 2012. Mês Parto Parto Simples Parto Gemelar Parto Trigemelar Total de Filhotes Mortes Natimorto Janeiro 1 1 - - 1 1 - Fevereiro - - - - - - - Março - - - - - - - Abril 1 - 1 - 2 - 1 Maio 1 - 1 - 2 1 - Junho - - - - - - - Julho - - - - - - - Agosto - - - - - - - Setembro - - - - - - - Outubro 1 - - 1 3 - - Novembro - - - - - 1 - Dezembro 1 - 1 - 2 - - 5 1 3 1 10 3 1 Tabela 27 – Controle de nascimentos e mortes do sistema intensivo de 2013. Mês Parto Parto Simples Parto Gemelar Parto Trigemelar Total de Filhotes Mortes Natimorto Janeiro 1 - 1 - 2 1 - Fevereiro 1 - 2 - 4 - - Março 2 1 1 - 3 2 - Abril - - - - - - - Maio 2 2 - - 2 - - Junho 1 - 1 2 2 7 3 5 - 13 5 - A figura 35 mostra a relação dos nascimentos ocorridos no plantel e nas baias. Nos anos de 2006 a 2008 não tinha animais nas baias, somente no plantel. Já em 2009, foram separados 16 caititus para experimentos e foram colocados nas baias e, não teve nenhum nascimento em 2009 e 2010. Em 2011 houve um manejo acrescentando mais dez animais que   vieram do plantel e neste ano (2011) começaram a nascer filhotes e no ano seguinte (2012) também. Os nascimentos das baias em relação ao plantel são relativamente pequenos, pois está apenas começando a reprodução nas baias. Figura 35: Total de nascidos no sistema intensivo e no sistema semi-intensivo. Foram registrados 281 nascimentos durante estes sete anos e seis meses, sendo que o período que houve mais nascimentos foram os meses de janeiro com 16,37%, maio com 12,46%, abril com 9,96%, agosto e outubro com 9,25% cada, março com 8,90%, novembro com 8,19%, junho 7,47%, dezembro com 7,12%, setembro com 5,34%, julho com 4,27%, e por último fevereiro com 1,42%. Analisando a tabela 27, em janeiro não teve nascimento nos anos de 2007 a 2009, mas mesmo assim foi o período com maior nascimento principalmente nos últimos anos, superando o mês de outubro, novembro e dezembro que teve nascimentos em quase todos os anos. Conforme ANDRADE et alii (2010) “o número de filhotes por parição foi 1,5±0,6, sendo que o número médio de parições por fêmea/ano foi igual à 1,7±0,3 vezes, com 48,6±15,9 % de fêmeas reprodutivamente ativas. A taxa de parição variou de 28,6 à 150%. Foram registrados 80 nascimentos durante seis anos, sendo o período que nascem mais filhotes os meses de abril (25,4%), maio (14,9%), junho (19,4%), outubro (11,9%) e dezembro (16,4%). O grupo iniciou com quatro animais atingindo um plantel de 52 animais em seis anos, com incremento médio de 196% ao ano. Houve um maior nascimento de fêmeas no sistema de floresta de terra firme (71,4%).”   Tabela 28 – Número de Filhotes por Mês de 2006 a 2013/1º semestre. Mês Ano 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 2006 6 - 1 - - 2 - 4 - - - 3 2007 - - - 8 - 2 - 4 - 2 3 3 2008 - - - - 2 2 - - 2 1 3 2 2009 - - 2 2 - - 5 4 6 2 7 5 2010 8 2 1 1 1 - 1 5 2 9 2 1 2011 11 - - 5 15 8 3 - - 3 6 - 2012 16 2 3 8 9 2 3 9 5 9 2 6 2013 5 8 18 4 8 5 - - - - - - 46 12 25 28 35 21 12 26 15 26 23 20 No ano de 2012 nasceram no sistema semi-intensivo 74 caititus destes sobreviveram 67, não ocorreram mortes, mas não foi por causas naturais ou por mal manejo e sim as mortes ocorreram porque as fêmeas mais velhas estavam matando os filhotes, ou seja, estava ocorrendo infanticídio e este chegou em 43,24% no total das mortes ocorridas neste sistema e no sistema intensivo nasceram 10 animais e houve seis mortes por falta de manejo adequado nas baias chegando em 30% no total das mortes e também houve um natimorto (Figura 36). No primeiro semestre de 2013 aconteceram 48 nascimentos no plantel e 14 nas baias, houve duas mortes no plantel e sete nas baias e o infanticídio continuou ocorrendo com 25% das mortes ocorridos no sistema semi-intensivo (Figura 37). Figura 36: Nascimento, morte, infanticídio, natimorto e o total de filhotes vivos no sistema semi-intensivo e no intensivo em 2012.   Figura 37: Nascimento, morte, infanticídio e o total de filhotes vivos no sistema semi-intensivo e no intensivo em 2013. As mortes dos filhotes que ocorreram no plantel poderiam estar acontecendo devido à alta densidade e, uma das soluções seria o aumento do espaço ou a construção de outra área com árvores para dividir os animais, pois mesmo com a alta densidade, as fêmeas continuaram procriando durante o ano. As mortes ocorridas são realizadas por fêmeas mais velhas que controlam os nascimentos do plantel. Em 2006, a taxa de morte era de 18,75% e em 2012 chegou a 43% (figura 38). E a densidade animal em 2006 estava 0,02 animal/m² e em 2013 estava 0,10 animal/m². Figura 38: Taxa morte infantil x Densidade animal/m².   Em 2006 o plantel tinha 28 animais e no primeiro semestre de 2013 o plantel tinha 168 animais (Figura 38). No ano de 2006 morreram três filhotes e no primeiro semestre de 2013 morreram 13 filhotes. O ano que teve mais mortes de filhotes foi em 2012. Figura 39: Número total de animais e nº total de filhotes mortos. 6.4.1.6 Produtividade Líquida do Plantel e Eficiência Reprodutiva Quando foi comparada a eficiência reprodutiva ou taxa reprodutiva total nos dois sistemas, encontrou-se que em sistemas semi-intensivos, a eficiência reprodutiva 7,80 filhotes/fêmea/ano contra 3,61 filhotes/indivíduo/ano em baias. Com média de 1,44 filhotes/partos/ano contra 1,57 filhotes/parto/ano. Tendo um incremento anual de 1,28 no sistema semi-intensivo contra 1,22 indivíduos no sistema intensivo. A produtividade líquida do plantel de 2013 foi de 15,07 ou seja, as fêmeas apresentaram média de parição ao ano de 8±5,18 partos, com número de filhotes por parição é 1,77 (Tabela 29). A produtividade líquida das baias foi de 36,09, ou seja, a média de parição ao ano das fêmeas foi de 1,67±0,52 parto, com um número de 1,57 filhotes por parição (Tabela 30).   Tabela 29 – Eficiência Reprodutiva do Plantel. Categoria 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013/1 Filhotes 16 22 12 33 27 51 74 48 Total de Fêmeas 11 14 18 20 21 34 50 56 Fêmeas Produtivas 11 14 8 19 18 34 46 46 Média Filhote/Parto 1,45 1,57 1,5 1,74 1,5 1,5 1,61 1,07 Eficiência Reprodutiva 8,36 9,12 2,81 18,36 18,62 25,09 23,93 7,80 Incremento 1,54 1,14 0,96 1,32 1,89 1,39 1,28 Produtividade Líquida 29,24 6,08 30,13 43,53 32,75 47,85 15,07 Tabela 30 – Eficiência Reprodutiva do sistema Intensivo. Categoria 2011 2012 2013 Filhotes 6 10 11 Total de Fêmeas 10 20 10 Fêmeas Produtivas 3 5 7 Média Filhote/Parto 2 2 1,57 Incremento 2,08 0,9 1,22 Produtividade Líquida 0,38 1,59 36,09 Eficiência Reprodutiva 0,12 0,32 3,61 6.4.1.7 Potencial para Abate e Rendimento de Carcaça Quanto ao caititu, às características físico-químicas da carne, tais como: brilho, coloração, maciez, suculência e aroma, são parâmetros importantes para o consumidor no momento da compra e determinantes da aceitação global do corte e tipo de carne, além de determinar a frequência com que o consumidor vai adquirir esse produto (ALBUQUERQUE, 2006). SILVA et alii (2002) avaliaram o comprimento da carcaça, rendimentos de carcaça, carne e pernil, bem como a composição químico bromatológica da carne de animais submetidos a dietas com quatro níveis de proteína bruta (14%, 16%, 18% e 20%). O potencial de abate foi calculado utilizando 50% dos machos adultos e o total de machos subadultos de 2006 a 2010 (tabela 31). No ano de 2010 foram utilizados machos e fêmeas adultos e machos e fêmeas subadultos e machos jovens. Em 2011 não houve abate e em   2012 foram abatidos seis animais, machos e fêmeas adultos, para fazer o rendimento de carcaça e a média desses animais foi de 21,76 ± 4,13kg. O rendimento médio de carcaça foi de 53,44. No primeiro semestre de 2013 foram abatidos 54 animais, machos e fêmeas adultos, subadultos e jovens, para fazer o rendimento de carcaça (tabela 32). A média do peso vivo desses animais foi de 24,38±3,80kg adultos, 19,26±2,22kg subadultos e 13,07±3,40kg jovens. Os animais foram esfolados e eviscerados e calculado rendimento de carcaça. O rendimento médio de carcaça foi de 60,17%. O rendimento de carcaça considerado foi de 51,69 % de acordo com dados de SALGADO (2010), tendo média de 73,75 ± 25,21 kg. E de acordo com ANDRADE et alii (2008) “foram abatidos sete animais, machos adultos e subadultos, peso vivo médio igual 21,47 ± 15,2 kg. O rendimento médio de carcaça foi de 69,8 ± 0,04%.” Tabela 31 – Potencial para abate e rendimento de carcaça de 2006 a 2009. Categoria 2006 2007 2008 2009 Machos Adultos 1 4 2 3 Machos Subadultos - - - - Fêmeas Adultas - - - 2 Média de Peso (Adultos) - 21±7,66 kg 24±0 kg 22±1,817kg Média de Peso (Subadultos) - - - - Peso total 22kg 86 kg 48 kg 112 kg Rendimento de Carcaça** 40,45% 52,04% 62,29% 58,63% **Rendimento de carcaça de 51,69% (Salgado, 2010) &  Tabela 32 – Potencial para abate e rendimento de carcaça de 2010 a 2012. Categoria 2010 2011 2012 2013 Machos Adultos 1 - 2 20 Machos Subadultos 2 - - 12 Fêmeas Adultas 1 - 9 8 Fêmeas Subadultas 2 - - 7 Macho Jovem 1 - - 5 Fêmea Jovem - - - 2 Média de Peso (Adultos) 27,25 ± 1,77 - 21,28 ± 4,28 24,38±3,80 Média de Peso ( Subadultos) 21,38 ± 2,75 - - 19,26±2,22 Média de Peso (Jovem) 9,870 kg - - 13,07±3,40 Peso total 149,87 kg - 234,08 kg 1.140,00 kg Rendimento de Carcaça** 57,02% - 54,46% 60,17% **Rendimento de carcaça de 51,69% (Salgado, 2010). Figura 40: Gaiola de transporte para caititu (Albuquerque, 2006). 6.5 CUSTOS DE PRODUÇÃO Para análise dos custos de produção de caititus, foram utilizados os dados obtidos durante quatro anos, em um sistema intensivo e sete anos do sistema semi-intensivo, nos quais os animais foram alimentados com uma ração formulada para caititus, os animais do sistema intensivo ficaram mantidos em baias de 15m² e os de sistema semi-intensivo em piquetes de 1.700m².    Um produtor rural, para implantar um criadouro de caititus, teria que investir em instalações e equipamentos 5 a 10 vezes a menos no sistema intensivo e de 3,5 à 7,0 vezes menos no sistema semiconfinado, ou seja, os gastos com investimento para montar um criadouro de caititu é mais barato que a de suínos e, além disso, ajuda na preservação da natureza e na diminuição da pressão de caça predatória. 6.5.1 Custos Fixos e Variáveis Foram considerados como custos fixos os gastos referentes à Mão de obra do caseiro, que era responsável pela alimentação, higienização das instalações, ou seja, pelo manejo diário dos animais. O pagamento do salário era realizado mensalmente e pagos todos os encargos sociais que totalizaram 55,66% sobre o salário bruto e o ano de 2013 está contabilizado apenas o primeiro semestre (Tabela 33). Tabela 33 – Salários e encargos sociais. Custos Fixos 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013/1 Salário Mensal 538,89 585,52 639,53 715,65 785,62 839,62 958,20 1.043,90 Salário Anual 6.466,70 7.026,29 7.674,38 8.588,02 9.427,39 10.075,49 11.498,45 6.263,42 Encargos Sociais Mensais* 194,81 211,51 230,99 258,82 283,87 303,35 346,21 377,37 Encargos Sociais Anual 2.337,72 2.538,10 2.771,87 3.105,83 3.406,39 3.640,16 4.154,46 2.264,25 * Considerou-se 55,66% a.a de Encargos Sociais. O abastecimento de água da propriedade é realizado através de poço artesiano e a energia elétrica é rural, estes custos não foram considerados na produção. A depreciação da cerca e dos quarentenários foi calculada para oito e 20 anos, respectivamente. A cerca custou em 2006 R$ 13.187,88, valor este gasto com materiais para a construção da cerca como: estacas, tela, bola de arame, arame nº16, mourões de concreto, grampo e mão de obra (Tabela 34).   Tabela 34 – Custos para construção da cerca. Itens Unidade Quantidade Valor Unitário Valor Total Mão-de-obra Diárias 27 30,00 810,00 Estacas Und 2.000 0,50 1.000 Bola de Arame - - - 10,00 Grampo - - - 10,00 Tela M 130 m 11,00 1.430 Mourão de Concreto Und 550 18,00 9.900,00 Arame Nº 16 Kg 19,5 1,43 27,88 Total 13.187,88 O valor total do quarentenário I foi de R$ 26.969,98, porém não é de exclusividade à criação de caitetus, além disso, o mesmo foi construído há 14 anos, logo a necessidade do reajuste deste valor. O reajuste considerado foi de 12% a.a atualizando o valor para R$ 30.206,38. A depreciação, como já foi supracitada, foi de 20 anos, equivalente ao valor anual de R$ 1.078,80 (Tabela 35). Tabela 35 – Custos para construção do quarentenário I. Itens Valor Total Instalações Elétricas 1.800,00 Rede Hidráulica 1.400,00 Instalações para Caitetus 11.967,20 Concreto 7.742,78 Reforma 4.000,00 Total 26.969,98 Reajuste (12% a.a)* 30.206,38 Total Construção + Reajuste 57.176,36 Depreciação 1.078,80 * Reajuste de 12% a.a durante 14 anos. O valor total do quaternário II foi de R$ 45.445,22, porém esse galpão também não é de exclusividade à criação de caitetus, além disso, o mesmo foi construído também há 14 anos, logo a necessidade do reajuste deste valor. O reajuste considerado foi de 12% a.a atualizando o   valor para R$ 50.898,65. A depreciação, como já foi supracitada, foi de 20 anos, equivalente ao valor anual de R$ 1.817,81 (Tabela 36). Tabela 36 – Custos para construção do quarentenário II. Itens Valor Total Instalações Elétricas 1.800,00 Rede Hidráulica 1.400,00 Instalações para Caitetus 26.814,53 Concreto 11.430,69 Reforma 4.000,00 Total 45.445,22 Reajuste (12% a.a)* 50.898,65 Total Construção + Reajuste 96.343,87 Depreciação 1.817,81 * Reajuste de 12% a.a durante 14 anos. Foram inclusos nos custos fixos mão de obra, encargos sociais, água e energia e a depreciação do quaternário I e o sistema intensivo começou a ser contabilizado a partir de 2009, com um custo fixo total de R$9.765,00 (tabela 37). Tabela 37 – Custo fixo no sistema intensivo na criação de caititus. Custos Fixos 2009 2010 2011 2012 2013/1º Mão de obra (R$) 5.580,00 6.120,00 6.540,00 7.464,00 4.068,00 Encargos Sociais* (R$) 3.106,00 3.406,39 3.640,16 4.154,46 2.264,25 Água e Energia** (R$) - - - - - Depreciação - Quarentenário I (R$) 1.078,80 1.078,80 1.078,80 1.078,80 1.078,80 Total CF (R$) 9.765,00 9.205,80 11.258,96 12.697,26 7.411,05 * Considerou-se 55,66% a.a de Encargos Sociais. **Energia rural e poço, logo não acarretou custos na produção. No sistema semi-intensivo, os custos fixos foram à mão de obra, encargos sociais, água e energia, depreciação da cerca e a depreciação do quaternário II. Foram contabilizados desde 2006, com um custo fixo total de R$10.004,03(tabela 38).   Tabela 38 – Custo fixo no sistema semi-intensivo na criação de caititus. Custos Fixos 2006 2007 2008 2009 2010 2011 1012 2013 Mão de obra (R$) 4.200,00 4.560,00 4.980,00 5.580,00 6.120,00 6.540,00 7.464,00 4.068,00 Encargos Sociais* (R$) 2.337,72 2.538,00 2.771,87 3.106,00 3.406,39 3.640,16 4.154,46 2.264,25 Água e Energia** (R$) - - - - - - - Depreciação – Cerca (R$) 1.648,50 1.648,50 1.648,50 1.648,50 1.648,50 1.648,50 1.648,50 1.648,50 Depreciação - Quarentenário II (R$) 1.817,81 1.817,81 1.817,81 1.817,81 1.817,81 1.817,81 1.817,81 1.817,81 Total CF 10.004,03 10.564,41 11.218,18 12.152,14 12.992,70 13.646,47 15.084,77 9.798,56 * Considerou-se 55,66% a.a de Encargos Sociais. **Energia rural e poço, logo não acarretou custos na produção. Foram inclusos nos custos variáveis manutenção, ração, medicamentos, combustível e outros gastos no sistema intensivo, sendo contabilizados a partir de 2009, com um custo variável total de R$5.819,77 (tabela 38) e no sistema semi-intensivo também foi contabilizado desde 2006, com um custo variável de R$6.262,36 (Tabela 39 e 40). Tabela 39 – Custos variáveis no sistema intensivo na criação de caititus. Custos Variáveis 2009 2010 2011 2012 2013* Manutenção* 411,25 - - - Ração 1.844,08 3.579,35 5.607,99 6.400,01 3.702,21 Medicamentos 33 116,21 40,85 79,87 50,00 Combustível 1.310,83 1588,72 1988,45 2354,52 1.034,03 Outros Gastos 211,61 2.136,55 106 439 1.191,00 Total CV 3.810,77 7.420,83 6.480,50 7.271,36 5.977,24 *Em 2009, foram referentes aos gastos com soldagem das portas das instalações. * Os valores de 2013 foram contabilizados até julho.   Tabela 40 – Custos variáveis no sistema semi-intensivo na criação de caititus de 2006 a 2009. Custos Variáveis 2006 2007 2008 2009 Manutenção* (R$) 405 405 2.180 - Ração (R$) 2.366,42 7.839,06 11.265,38 12.427,00 Medicamentos (R$) 123,76 45,66 81,10 110,90 Combustível (R$) 1.361,18 1.676,98 1262,60 1.310,83 Outros Gastos (R$) - 125 - 211,61 Total CV (R$) 4.256,36 10.091,70 14.793,08 12.710,89 *Em 2006 e 2007, os valores foram referentes aos gastos com a mão de obra para a manutenção da cerca, já em 2008 foram referentes aos gastos com soldagem das portas das instalações e reforma da cerca. Tabela 41 – Custos variáveis no sistema semi-intensivo na criação de caititus de 2010 a 2013. Custos Variáveis 2010 2011 2012 2013* Manutenção* (R$) - - - Ração (R$) 14.024,22 18.066,04 22.144,25 18.189,76 Medicamentos (R$) - - - 110,90 Combustível (R$) 1.588,72 1.988,45 2.354,52 1.034,03 Outros Gastos (R$) 2.136,55 106 439 1.291,00 Total CV (R$) 14.271,00 15.815,29 20.987,80 20.625,69 * Os valores de 2013 foram contabilizados até julho. 6.5.2 Custos Totais (CT) Os custos totais do sistema intensivo e do semi-intensivo é a somatória dos seus custos totais variáveis com os custos totais fixos. No sistema intensivo o custo total inicial durante o ano de 2009 foi de R$20.266,69 enquanto que o custo total inicial do sistema semi-intensivo em 2006 foi de R$19.794,73 (Tabela 42).   Tabela 42 – Custos totais no sistema intensivo na criação de caititus. Custos Totais 2009 2010 2011 2012 2013* CFs (R$) 14.446,92 15.753,50 16.762,09 18.977,26 7.411,05 CVs (R$) 3.810,77 7.420,83 6.480,50 7.271,36 5.977,24 Total 18.257,69 23.174,33 23.242,59 26.248,62 13.388,29 * Os valores de 2013 foram contabilizados até junho. Tabela 43 – Custos totais no sistema semi-intensivo na criação de caititus de 2006 a 2009. Custos Totais 2006 2007 2008 2009 CFs (R$) 13.532,37 14.403,40 15.412,24 16.834,43 CVs (R$) 4.256,36 10.091,70 14.793,08 12.710,89 Total 17.788,73 24.495,10 30.205,32 29.545,32 Tabela 44 – Custos totais no sistema semi-intensivo na criação de caititus de 2010 a 2013. Custos Totais 2010 2011 2012 2013* CFs (R$) 18.141,02 19.149,79 21.364,77 9.798,56 CVs (R$) 14.271,00 15.815,29 20.987,80 20.625,69 Total 32.412,02 34.965,08 42.352,57 30.424,25 * Os valores de 2013 estão contabilizados até julho. 6.5.3 Custos Unitários da Produção (CUP) No levantamento dos dados de 2009 à 2013/1º semestre para o cálculo dos custos do sistema intensivo, observou-se que alguns dados não foram registrados. Esses dados foram estimados conforme as anotações e informações, além disso, tinham as informações de notas fiscais e dados registrados e arquivados. A participação dos custos fixos foi de 71,87% sobre os custos totais, e os custos variáveis tiveram uma participação de 28,13%. A alta participação dos   custos fixos foi devido à mão de obra com participação de 42,93%. Como o sistema intensivo foi trabalhado com poucos animais, o custo com a ração foi de 17,01% e um custo unitário de R$4,55/kg de peso vivo (tabela 44). Tabela 45: Custos totais e participação percentual da criação de caititus em sistema intensivo na Amazônia Central em 2012. Itens Custos fixos 2012 Custos variáveis 2012 % Participação s/ custos totais R$ % R$ % Mão de obra (R$) 11.097,72 59,74 42,93 Encargos Sociais* (R$) 6.400,01 34,45 24,76 Água e energia**(R$) - - - - - Depreciação - quaternário I (R$) 1.078,80 5,81 4,17 Manutenção (R$) Ração (R$) 4.397,97 60,48 17,01 Medicamentos (R$) 79,87 1,10 0,31 Combustível (R$) 2.354,52 32,38 9,11 Outros Gastos (R$) 439,00 6,04 1,70 Total 18.576,53 100 7.271,36 100 100 Custos Totais 25.847,889 % Participação s/ custos totais 71,87 28,13 100 No levantamento dos dados de 2006 à 2012 para o cálculo dos custos do sistema semi- intensivo, observou-se que alguns dados não foram registrados. Esses dados foram estimados conforme as anotações e informações, além disso, tinham as informações de notas fiscais e dados registrados e arquivados. A participação dos custos fixos foi de 50,45% sobre os custos totais, e os custos variáveis tiveram uma participação de 49,55%. A alta participação deste último custo foi devido à ração com participação de 41,90%. No sistema semi- intensivo o custo com a ração foi de 84,56% e um custo anual de R$4,61/kg de peso vivo (tabela 41).   Tabela 46: Custos totais e participação percentual da criação de caititus em sistema semi- intensivo na Amazônia Central em 2012. Itens Custos fixos 2012 Custos variáveis 2012 % Participação s/ custos totais R$ % R$ % Mão de obra (R$) 11.498,45 53,82 27,15 Encargos Sociais* (R$) 6.400,01 29,96 15,11 Água e energia**(R$) - - - - - Depreciação da cerca (R$) 1.648,50 7,72 3,89 Depreciação -quaternário II (R$) 1.817,81 8,51 4,29 Manutenção (R$) 448,00 2,13 1,06 Ração (R$) 17.746,28 84,56 41,90 Medicamentos (R$) Combustível (R$) 2.354,51 11,22 5,56 Outros Gastos (R$) 439,00 2,09 1,04 Total 21.364,77 100 20.987,80 100 100 Custos Totais 42.352,57 % Participação s/ custos totais 50,45 49,55 100 É possível reduzir os custos de produção introduzindo produto e co-produtos agrícolas na ração em substituição parcial dos ingredientes que nela existem, como: babaçu, tucumã, caroço de cupuaçu, bananeira, mandioca, genipapo, jaca, casca de maracujá, muru-muru entre outros que já foram estudados. Um dos trabalhos que utiliza a torta de muru-muru como substituto do milho tem como tema “Níveis de Substituição do Milho por Torta de Muru-muru (Astrocatyum murmuru Mart.) em Rações para Caititus (Tayassu tajacu) em Cativeiro” (COSTA, 2011). Outro trabalho que utiliza a torta de babaçu como substituto do milho tem como tema “Emprego do Babaçu (Orbignya pharelata) como fonte energética para catetos (Tayassu tajacu)” (ALBUQUERQUE, 2006). Existe também o trabalho com a torta do caroço de cupuaçu como substituto parcial do milho com o tema “Níveis de Torta do Caroço de Cupuaçu (Theobroma grandiflorum, Schum) na Alimentação de Caitetus (Tayassu tajacu, Linnaues) em Cativeiro na Amazônia Central (TUMA, 2010). De acordo com NOGUEIRA FILHO (2005) “os caititus aproveitam nutricionalmente estes co-produtos agrícolas porque digerem estes alimentos volumosos, ricos em fibras, tão bem quanto os ruminantes.”   O custo unitário de produção de caititus no sistema intensivo foi de R$ 4,61 sendo que 71,87% foram de custos fixos e 28,13% de custos variáveis (tabela 42) e no sistema semi- intensivo foi de R$ 4,55 sendo que 50,45% foram de custos fixos e 49,55% de custos variáveis (tabela43). Tabela 47: Abate real dos machos. % ).$(;   4-    #( $(; #(% <  &&  " " &&  " " &&  " " &&  "  "  & &  " " & =  " & &   " " &   "&  " * Em 2011 não foi abatido nenhum animal, a média do peso e da carcaça foi tirado pela soma da média anterior e da média posterior dividido por 2. Tabela 48: Abate real das fêmeas. % ).>?$    4-  ,  @ ! 4-   #(>?$  #(% <  &&    & &&    & &&    & &&    " " & &   &"  & =    & &    " "  "  &    "& &" O valor do caititu saiu por R$ 56,08, mas você deve considerar que o pequeno produtor não vai pagar uma mão de obra apenas para cuidar dos caititus mesmo porque a criação de caititu é apenas um complemento de renda. &  Tabela 49: Calculo do abate em potencial incluso os custos do quaternário do sistema semi- intensivo. % A   $(; A , (    $(; A     >?$      4-  #( 4(;   4-  (( >?$  #( , (  ,   @ ! # B 9 $ :   2 #C?$      4-  #( 4(;   4-  (( >?$  #(  , (  ,   @ ! # B  9 $ :   2 #C. acesso em < 22 abr. 2013 >. TABELA DOS VALORES NOMINAIS DO SALÁRIO MÍNIMO. Portal Tributário Editora. Disponível em . Acesso em <04 jun. 20113>. Diesel preço mensal – real brasileiro por galão. Index Mundi, 2013. Disponível em . Acesso em <06 jun. 2013>.   CRONOGRAMA DE ATIVIDADES Nº Descrição Ago 2012 Set Out Nov Dez Jan 2013 Fev Mar Abr Mai Jun Jul (Inserir Linhas) 1 Revisão de Literatura R 2 Biometria e Pesagem dos animais R 3 Tabulação dos dados de 2006 a 2012 R R R 4 Fabricação de ração R R R R R R R R R R R R 5 Monitoramento do plantel R R R R R R R R R R R R 6 Análise dos dados R R R R R R R 7 - - Elaboração do Resumo e Relatório Final - Preparação da Apresentação Final para o Congresso R   ANEXO Consumo de ração dos Caitetus em kg em 2012. Baia Nº Animais Ração Fornecida Sobras Consumo Total Consumo Médio/ Animal/Dia B9 D 1 76,929 6,439 70,490 0,742 B8 D 2 162,594 17,698 144,896 0,758 B6 D 6 434,812 18,312 416,500 0,730 B5 D 3 234,029 3,792 230,237 0,808 B3 E 1 77,048 8,601 68,447 0,720 B4 E 2 149,608 44,021 105,587 0,556 B5 E 3 233,276 54,137 179,139 0,628 B6 E 3 236,599 68,374 168,225 0,590 B8 E 2 152,581 32,968 119,613 0,629 B9 E 4 309,498 17,711 291,787 0,768 Total 27 2.066,974 272,053 1.794,921 0,700 Parâmetros experimentais de 2012. Baia Quant. de animais por baias Ganho em peso (kg) Ganho diário de peso (kg) Biomassa total produzida Biomassa total B9-E 4 3,75 0,04 15 72 B8-E 2 2,50 0,02 4,90 32 B6-E 4 4,75 0,05 19 67,5 B5-E 3 7,83 0,04 11,5 16 B4-E 2 4,50 0,04 9 32 B3-E 1 5,50 0,05 5 22,5 B9-D 1 2,00 0.02 2,04 22 B8-D 2 3,25 0,03 6,5 53,5 B5-D 3 7,83 0,08 23,5 73,5 B6-D 7 3,43 0,03 24 116 Média 4,53 0,04 12,04 50,70 DP 2,02 0,02 7,97 31,71 - GP (Ganho em Peso)= Peso final – Peso inicial - GDP (Ganho Diário em Peso) = GP/nºde dias - BTP (Biomassa Total Produzida) = GDP x nº de dias x quantidade de animais - BT (Biomassa Total) = Soma do peso final &  Parâmetros experimentais de 2012. Baia Ganho diário de peso (%) Consumo de ração Conversão alimentar (kg de ração/1 kg PV) Eficiência alimentar B9-E 3,68 77,37 20,63 0,000475 B8-E 0,98 76,29 30,52 0,000321 B6-E 0,98 78,87 16,60 0,00059 B5-E 0,48 77,76 9,93 0,000483 B4-E 0,98 74,80 16,62 0,00059 B3-E 0,91 77,05 14,01 0,000649 B9-D 1 76,93 38,46 0,00026 B8-D 0,98 81,30 25,01 0,000392 B6-D 1,03 72,47 21,14 0,000464 B5-D 0,98 78,01 9,96 0,000984 Média 1,20 77,08 20,29 0,000521 DP 0,88 2,34 9,06 0,000203 - CA (Conversão alimentar) = Consumo de ração/GP - Eficiência Alimentar = GDP/ consumo de ração total - Consumo Diário = consumo de ração total/nº de dias - Consumo Total = Média do Consumo diário/nº de dias * nº de dias: é o número de dias que foi feito o esperimento. Rendimento de carcaça (kg) de 2006. Baia Sexo Peso (kg) Quarto Dianteiro (kg) Quarto Traseiro (kg) Carcaça Inteira (kg) D E D E Plantel M 22 2,300 2,300 2,200 2,200 8,900 Rendimento da carcaça (%) 40,45 Calculo do rendimento da carcaça → RC = (Peso da carcaça inteira/Peso vivo)x 100    Rendimento de carcaça (kg) de 2007. Brinco Sexo Peso (kg) Quarto Dianteiro Quarto Traseiro Carcaça Inteira (kg) D E D E 15 M 23 2,300 2,000 2,000 2,700 9,000 18 M 15,2 2,900 1,800 1,800 2,500 9,000 25 M 31,7 4,300 4,300 4,300 3,500 16,400 26 M 16 2,900 2,500 2,500 2,400 10,300 Média 21 3,100 2,650 2,650 2,775 11,175 DP 7,66 0,85 1,14 1,14 0,50 3,54 Rendimento da carcarça % 52,04 Rendimento de carcaça (kg) de 2008. Baia Sexo Peso (kg) Quarto Dianteiro (kg) Quarto Traseiro (kg) Carcaça Inteira (kg) D E D E 32 M 21 3,400 4,400 3,500 3,600 14,900 M 24 3,900 3,000 5,100 3,000 15,000 Média 22,50 3,650 3,700 4,300 3,300 14,950 DP 2,12 0,35 0,99 1,13 0,42 0,07 Rendimento de carcaça (%) 66,44 Rendimento de carcaça (kg) de 2009. Baia Sexo Peso (kg) Quarto Dianteiro (kg) Quarto Traseiro (kg) Carcaça Inteira (kg) D E D E M 23 3,630 4,005 2,830 2,900 13,340 M 24 3,070 3,505 2,795 2,530 14,040 M 20 2,725 2,460 2,420 2,480 12,140 F 24 4,215 4,220 2,830 2,790 14,400 F 21 3,440 3,995 2,175 2,115 11,74 F 19 1,020 1,02 1,75 1,750 9,380 Média 22 3,017 3,201 2,467 2,428 13,132 DP 2,14 1,101 1,242 0,441 0,430 1,162 Rendimento de carcaça (%) 50,12   Rendimento de carcaça (kg) de 2010. Baia Nº Sexo Peso (kg) Quarto Dianteiro (kg) Quarto Traseiro (kg) Carcaça Inteira (kg) D E D E Plantel 205 M 9,870 1,340 1,340 1,225 1,465 5,370 Plantel 42 M 22,00 1,895 1,895 2,9 2,900 9,59 Plantel 38 M 28,50 4,200 5 3,900 5,200 18,300 Plantel 242 F 26,00 7 4,500 4 5 20,5 Baia 4 M 17,50 2,445 3,470 2,390 2,445 10,75 Baia 206 F 24,00 2,650 3,415 3 3,315 12,380 Baia 40 F 22,00 2,085 2,935 2,155 1,395 8,57 Média 21,41 3,088 3,222 2,796 3,103 12,209 DP 6,15 1,942 1,309 0,980 1,534 5,399 Rendimento da carcaça (%) 57,02 Rendimento de carcaça (kg) de 2012. Baia Sexo Peso (kg) Quarto Dianteiro (kg) Quarto Traseiro (kg) Carcaça Inteira (kg) D E D E B4 F 18 1,531 2,816 1,616 2,163 8,126 B4 F 16 2,218 3,165 2,177 2,495 10,055 B9D/12 F 22 3,716 3,459 2,685 2,283 12,143 B8D/B13 F 22,5 4,304 3,869 2,112 2,419 12,704 B5D/B16 F 26,58 4,217 3,83 2,905 2,601 13,553 B8D/B13 M 25,5 3,397 4,16 2,427 3,213 13,197 B2 F 20,5 3,65 3,65 4,15 3,15 14,6 B2 F 22 4,9 4,9 3,95 3,85 17,6 B2 F 15 2,5 2 3,25 3,25 13 Plantel F 28 5,55 5,55 3,4 3,5 18 Plantel F 18 3,55 3,75 2 2,1 10,1 Plantel F 19 3,45 3,45 2,2 2,3 11,4 Média 21,09 3,58 3,72 2,74 2,78 12,87 DP 4,13 1,122 0,915 0,803 0,586 2,91 Rendimento da carcaça (%) 52,54   Calculo do salário de 2006 a 2013. Ano Salário Mínimo (R$) Valor Diário (R$) Valor Hora (R$) Hora Extra (R$) Total de H E (R$) Valor Bruto (R$) Anual (R$) 2006 350 11,67 1,59 2,86 188,89 538,89 6.466,70 2007 380 12,67 1,73 3,11 205,52 585,52 7.026,29 2008 415 13,83 1,89 3,40 224,53 639,53 7.674,38 2009 465 15,50 2,11 3,80 250,67 715,67 8.588,02 2010 510 17,00 2,32 4,18 275,62 785,62 9.427,39 2011 545 18,17 2,48 4,46 294,62 839,62 10.075,49 2012 622 20,73 2,83 5,09 336,20 958,20 11.498,45 2013* 678 22,66 3,08 5,54 365,90 1.043,90 6.263,42 • Foi calculado o salário apenas do 1º semestre de 2013. O valor bruto do salário de 2006 foi de R$520,13 onde o salário mínimo da época era de R$ 350,00, sendo calculados os acréscimos de hora extra (H. E.). Calculo da hora extra 1º Passo: determinar o valor do salário hora “Salário total” dividido por 220 (que é o número de horas, em regra, trabalhadas em um mês pelos funcionários que trabalham oito horas por dia - 44 horas por semana). Salário hora= 350:220 Salário hora= 1,59 2º Passo: determinar o valor de uma hora extra Valor do “salário hora” + 80% (tomando-se como base o mínimo constitucionalmente admitido) Hora Extra= 1,59 +1,272 Hora Extra= 2,862 3º Passo: determinar o valor a receber por todas as horas trabalhadas naquele mês Valor de uma hora extra multiplicado pelas horas trabalhadas a mais Total de hora extra = 2,862 x 66 horas Total de hora extra = 188,89 O calculo feito para os encargos sociais foi de 55,66%   Calculo dos encargos sociais (55,66%) de 2006 a 2013. Encargos Sociais % 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 *2013 538,89 585,52 639,53 715,67 785,62 839,62 958,2 1.043,90 INSS 20% 107,78 117,10 127,91 143,13 157,12 167,92 191,64 208,78 Férias 8,33% 44,89 48,77 53,27 59,62 65,44 69,94 79,82 86,96 13º Salário 8,33% 44,89 48,77 53,27 59,62 65,44 69,94 79,82 86,96 FGTS 9% 45,806 49,77 54,36 60,83 66,78 71,37 81,45 88,73 Abono de férias 2,7% 14,550 15,81 17,27 19,32 21,21 22,67 25,87 28,19 Entidades 5,8% 31,256 33,96 37,09 41,51 45,57 48,70 55,58 60,55 Seguro acidente de trabalho 2% 10,778 11,71 12,79 14,31 15,71 16,79 19,16 20,88 Mensal 299,95 325,90 355,96 398,34 437,28 467,33 533,33 499,61 Anual 3599,35 3910,81 4271,55 4780,10 5247,31 5607,99 6400,01 2997,66 • Foi calculado apenas o 1º semestre do ano de 2013. Calculo do diesel gastos de 2006 a 2013. Ano Variação % Preço Litro diesel R$ 22 litros (1/2 tanque) R$ 4 idas/mês (R$) Ano (R$) *2013 5,40% 2,350 51,70 206,80 1304,00 2012 18,41% 2,230 49,05 196,21 2354,52 2011 25,16% 1,883 41,43 165,70 1988,45 2010 21,20% 1,504 33,10 132,39 1588,72 2009 3,82% 1,241 27,31 109,24 1310,83 2008 -24,71% 1,196 26,30 105,22 1262,60 2007 23,20% 1,588 34,94 139,75 1676,98 2006 1,289 28,36 113,43 1361,18 Foi calculado apenas as idas ao CECAN até junho/2013.   Custos totais, médios e participação percentual da criação de caititus em sistema intensivo no estado do Amazonas em 2009. Itens Custos Fixos Custos Variáveis % Participação s/ Custos Totais R$ % R$ % Mão-de-obra (R$) 8289,24 58,59 46,16 Encargos Sociais*(R$) 4780,103 33,79 26,62 Água e Energia** - Depreciação - Quarentenário I (R$) 1078,8 7,63 6,01 Manutenção* (R$) 411,25 10,79 2,29 Ração (R$) 1844,08 48,39 10,27 Medicamentos (R$) 33 0,87 0,18 Combustível (R$) 1310,83 34,40 7,30 Outros gastos (R$) 211,61 5,55 1,18 Total 14148,14 100,00 3810,77 100,00 100,00 Custos Totais 17958,91 % Participação s/ Custos Totais 78,78 21,22 100,00 Custo Unitário de Produção 5,07 1,37 6,44 Média de peso vivo: 15,54 kg Custos totais, médios e participação percentual da criação de caititus em sistema intensivo no estado do Amazonas em 2010. Itens Custos Fixos Custos Variáveis % Participação s/ Custos Totais R$ % R$ % Mão-de-obra (R$) 9724,32 59,25 42,48 Encargos Sociais*(R$) 5607,99 34,17 24,50 Água e Energia** - Depreciação - Quarentenário I (R$) 1078,8 6,57 4,71 Manutenção* (R$) Ração (R$) 4345,2 67,05 18,98 Medicamentos (R$) 40,85 0,63 0,18 Combustível (R$) 1988,45 30,68 8,69 Outros gastos (R$) 106 1,64 0,46 Total 16411,11 100,00 6480,5 100,00 100,00 Custos Totais 22891,61 % Participação s/ Custos Totais 71,69 28,31 100,00 Média de peso vivo: 17,03 kg   Custos totais, médios e participação percentual da criação de caititus em sistema intensivo no estado do Amazonas em 2011. Itens Custos Fixos Custos Variáveis % Participação s/ Custos Totais R$ % R$ % Mão-de-obra (R$) 9724,32 59,25 42,48 Encargos Sociais*(R$) 5607,99 34,17 24,50 Água e Energia** - Depreciação - Quarentenário I (R$) 1078,8 6,57 4,71 Manutenção* (R$) Ração (R$) 4345,2 67,05 18,98 Medicamentos (R$) 40,85 0,63 0,18 Combustível (R$) 1988,45 30,68 8,69 Outros gastos (R$) 106 1,64 0,46 Total 16411,11 100,00 6480,5 100,00 100,00 Custos Totais 22891,61 % Participação s/ Custos Totais 71,69 28,31 100,00 Média de peso vivo: 15,86 kg Custos totais, médios e participação percentual da criação de caititus em sistema semi-intensivo no estado do Amazonas em 2006. Itens Custos Fixos Custos Variáveis % Participação s/ Custos Totais R$ % R$ % Mão-de-obra 6466,70 47,79 36,35 Encargos Sociais* 3599,35 26,60 20,23 Água e Energia** - Depreciação - Cerca 1648,5 12,18 9,27 Depreciação - Quarentenário II 1817,81 13,43 10,22 Manutenção* 405 9,52 2,28 Ração 2366,42 55,60 13,30 Medicamentos 123,76 2,91 0,70 Combustível 1361,184 31,98 7,65 Outros gastos Total 13532,37 100,00 4256,364 100,00 100,00 Custos Totais 17788,73 % Participação s/ Custos Totais 76,07 23,93 100,00 Média de peso vivo: 22 kg   Custos totais, médios e participação percentual da criação de caititus em sistema semi-intensivo no estado do Amazonas em 2007. Itens Custos Fixos Custos Variáveis % Participação s/ Custos Totais R$ % R$ % Mão-de-obra 7026,29 48,78 28,68 Encargos Sociais* 3910,81 27,15 15,97 Água e Energia** - Depreciação - Cerca 1648,50 11,45 6,73 Depreciação - Quarentenário II 1817,81 12,62 7,42 Manutenção* 405 4,01 1,65 Ração 7839,06 77,68 32,00 Medicamentos 45,66 0,45 0,19 Combustível 1676,98 16,62 6,85 Outros gastos 125 1,24 0,51 Total 14403,403 100,00 10091,70 100,00 100,00 Custos Totais 24495,10 % Participação s/ Custos Totais 58,80 41,20 100,00 Média de peso vivo: 21 kg Custos totais, médios e participação percentual da criação de caititus em sistema semi-intensivo no estado do Amazonas em 2008. Itens Custos Fixos Custos Variáveis % Participação s/ Custos Totais R$ % R$ % Mão-de-obra 7674,38 49,79 25,41 Encargos Sociais* 4271,55 27,72 14,14 Água e Energia** - Depreciação - Cerca 1648,50 10,70 5,46 Depreciação - Quarentenário II 1817,81 11,79 6,02 Manutenção* 2180 14,74 7,22 Ração 11265,38 76,15 37,30 Medicamentos 85,10 0,58 0,28 Combustível 1262,60 8,54 4,18 Outros gastos Total 15412,24 100,00 14793,08 100,00 100,00 Custos Totais 30205,32 % Participação s/ Custos Totais 51,02 48,98 100,00 Média de peso vivo: 22,5 kg Custos totais, médios e participação percentual da criação de caititus em sistema semi-intensivo no estado do Amazonas em 2009. Itens Custos Fixos Custos Variáveis % Participação s/   R$ % R$ % Custos Totais Mão-de-obra 8588,02 51,01 29,07 Encargos Sociais* 4780,10 28,39 16,18 Água e Energia** - Depreciação - Cerca 1648,50 9,79 5,58 Depreciação - Quarentenário II 1817,81 10,80 6,15 Manutenção* 494,63 3,89 1,67 Ração 10582,92 83,26 35,82 Medicamentos 110,90 0,87 0,38 Combustível 1310,83 10,31 4,44 Outros gastos 211,61 1,66 0,72 Total 16834,43 100,00 12710,89 100,00 100,00 Custos Totais 29545,32 % Participação s/ Custos Totais 56,98 43,02 100,00 Média de peso vivo: 22 kg Custos totais, médios e participação percentual da criação de caititus em sistema semi-intensivo no estado do Amazonas em 2010. Itens Custos Fixos Custos Variáveis % Participação s/ Custos Totais R$ % R$ % Mão-de-obra 9427,39 51,97 29,09 Encargos Sociais* 5247,31 28,93 16,19 Água e Energia** Depreciação - Cerca 1648,50 9,09 5,09 Depreciação - Quarentenário II 1817,81 10,02 5,61 Manutenção* 100,86 0,71 0,31 Ração 10444,87 73,19 32,23 Medicamentos Combustível 1588,72 11,13 4,90 Outros gastos 2136,55 14,97 6,59 Total 18141,02 100,00 14271 100 100,00 Custos Totais 32412,02 % Participação s/ Custos Totais 55,97 44,03 100,00 Média de peso vivo: 27,25   Custos totais do sistema intensivo na criação de caititus. 2009 2010 2011 2012 2013 Custos Fixos Totais 14148,14 15424,993 16411,11 18576,529 10339,88 Custos Variáveis Totais 3810,77 7420,83 6480,5 7271,36 6916,55 Custos Totais 17958,91 22845,823 22891,61 25847,889 17256,43 Custos totais no sistema semi-intensivo na criação de caititus de 2006 a 2009. 2006 2007 2008 2009 Custos Fixos Totais 13532,37 14403,40 15412,24 16834,429 Custos Variáveis Totais 4256,36 10091,70 14793,08 12710,888 Custos Totais 17788,73 24495,102 30205,32 29545,318 Custos totais no sistema semi-intensivo na criação de caititus de 2010 a 2013. CUSTOS 2010 2011 2012 2013 Custos Fixos Totais 18141,02 19149,80 21364,77 12727,39 Custos Variáveis Totais 14271,00 15815,3 20987,80 23264,51 Custos Totais 32412,02 34965,1 42352,57 35991,90 Consumo diário de ração dos caititus do sitema semi-intensivo e do intensivo.