Use este identificador para citar ou linkar para este item:
http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1851
Tipo de documento: | Relatório de Pesquisa |
Título: | Entre universalidade e regionalismo: levantamento de uma fortuna crítica para a obra de Milton Hatoum |
Autor(a): | Emerson Figueiredo dos Santos |
Orientador(a): | Gabriel Arcanjo Santos Albuquerque |
Resumo: | Entende-se por fortuna crítica o bom ou mal acolhimento dado a uma obra pela crítica especializada. Para que esse acolhimento possa ser visto no seu conjunto, faz-se necessário verificar o que foi dito sobre determinado autor e sua obra ao longo do tempo. O presente projeto de pesquisa está necessariamente atado à aceitação da obra do escritor Milton Hatoum (o que se comprova pelos prêmios que recebeu) em confronto com os ataques que sofre ao longo do tempo, apontando-se como um defeito o regionalismo que a permeia. Nas palavras do próprio autor, em entrevista concedida à Folha de São Paulo, o conceito de regionalismo implica a existência de um centro de produção literária em oposição a uma periferia, de onde viriam as obras ditas regionais. Graciliano Ramos não foi regionalista, mas um escritor brasileiro e universal, assim como Machado de Assis. Kafka era da periferia, Flaubert, da província, Garcia Marques também do interior. O que interessa é o que o escritor faz a partir de um centro simbólico, de um chão histórico . A resposta dada por Milton Hatoum é reforçada pelos artigos que produziu na extinta revista Entre Livros na qual assinava a coluna Norte. Em alguns desses artigos, ele teceu considerações sobre autores que viveram a experiência de representar literariamente um centro simbólico. Um desses autores é William Faulkner cuja obra sempre esteve ligada ao Sul dos Estados Unidos, sabidamente mais pobre que o Norte rico e avançado tecnologicamente. É possível que, em certa medida a experiência de criar a obra literária a partir do confronto com a ruína ou com o atraso, nas tensões presentes entre centro e periferia tenham moldado muito da obra de Milton Hatoum, mas o rotulo regionalismo exprime a intensidade que tais tensões significam ou a reduz? Para responder a essa pergunta, faz-se necessário refletir sobre a idéia segundo a qual a permanência do conceito de regionalismo ainda não foi superada pela cultura literária brasileira. Na verdade, cabe verificar em que medida o termo é um rótulo que diminui não só tensões evidentes entre os diferentes Brasis, mas também se manifesta como uma categoria que nunca foi suficientemente definida. |
Palavras-chave: | Regionalismo Crítica Narrativa |
Área de conhecimento - CNPQ: | LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES: LITERATURA BRASILEIRA |
Idioma: | pt_BR |
País de publicação: | Brasil |
Editor: | Universidade Federal do Amazonas |
Sigla da Instituição: | UFAM |
Faculdade, Instituto ou Departamento: | Língua e Literatura Portuguesa Instituto de Ciências Humanas e Letras |
Nome do programa: | Programa PIBIC 2009 |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
URI: | http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1851 |
Data do documento: | 28-jul-2010 |
Aparece nas coleções: | Relatórios finais de Iniciação Científica - Linguística, Letras e Artes |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|
PIB-H00862009.pdf | 330,83 kB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.