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Tipo de documento: Relatório de Pesquisa
Título: Alimentação de espécies piscívoras do gênero Cichla spp., e Serrasalmus spp., no Reservatório de Balbina, Município de Presidente Figueiredo/AM
Autor(a): Sabrine Valente Cruz
Orientador(a): Lucirene Aguiar de Souza
Resumo: A UHE Balbina é a maior hidrelétrica em área alagada da Amazônia ocidental, e tem um histórico formado por grandes discussões sobre a ausência de viabilidade ecológica de sua implantação. Entretanto, na ausência de pesquisas e/ou de monitoramento que permitisse a identificação de alterações ambientais, é difícil avaliar a extensão dos impactos decorrentes da construção da represa. Um fator determinante para a grande celeuma decorrente da construção da UHE Balbina são as dimensões exageradas de seu reservatório e baixa capacidade de produção de energia, resultando em uma relação de apenas 1 kW/há. Com o represamento do rio Uatumã, um afluente da margem esquerda do Rio Amazonas, houve uma drástica redução da diversidade ictiofaunistica, eliminando da área sob influência do reservatório algumas espécies de alto valor, como o pacu‐can, Mylesinus paraschomburgkii, um peixe de grande porte, anteriormente abundante na pesca de subsistência. A transformação do ambiente de características lóticas para um com condições lênticas ou semilênticas, através do barramento e formação de área represada, propicia uma alteração na abundância de algumas espécies de peixes, bem como na eliminação de alguns componentes da ictiofauna. Algumas espécies fluviais desaparecem do reservatório, enquanto as que persistem alteram sua densidade, principalmente em referência à espécies que apresentem hábito alimentar de piscivoria. Neste caso em particular, podemos citar algumas espécies pertencentes aos gêneros Cichla spp., e Serrasalmus spp., comuns a ambientes de reservatórios, por apresentarem comportamento sedentário, adaptando-se ao desenvolvimento de suas atividades vitais (alimentação, reprodução e crescimento) em áreas restritas e com características lênticas. Este comportamento requer, de modo geral, um conhecimento mais específico sobre a estratégia de vida deste grupo, pois em caso de depleção de estoques, especialmente para os tucunarés que atendem tanto ao mercado consumidor da região como também a atividade recreativa da pesca esportiva, sua recuperação exigirá um tempo mais prolongado quando comparado a outras espécies da ictiofauna, a exemplo de Characiformes e alguns bagres da ordem Siluriformes. Assim sendo, o conhecimento ecológico de espécies piscívoras, como as representantes destes dois gêneros, comuns em ambientes aquáticos naturais e artificiais, tendo como fator avaliador o item alimentar consumido em referência ao padrão temporal e espacial bastante evidentes no complexo sistema Amazônico, são informações importantes para o conhecimento a cerca do comportamento e status ecológico de espécies pertencentes a este grupo de peixes, bem como servem como instrumento para subsidiar políticas de manejo na região amazônica.
Palavras-chave: Piscivoriá
Reservatório
Amazonas
Área de conhecimento - CNPQ: CIÊNCIAS AGRÁRIAS: ENGENHARIA DE PESCA
Idioma: pt_BR
País de publicação: Brasil
Editor: Universidade Federal do Amazonas
Sigla da Instituição: UFAM
Faculdade, Instituto ou Departamento: Ciências Pesqueiras
Faculdade de Ciências Agrárias
Nome do programa: PROGRAMA PIBIC 2011
Tipo de acesso: Acesso Restrito
URI: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/2397
Data do documento: 31-jul-2012
Aparece nas coleções:Relatórios finais de Iniciação Científica-Ciências Agrárias

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