Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/3351
Tipo de documento: Relatório de Pesquisa
Título: O fechamento de escolas de surdos no Amazonas e em São Paulo: uma comparação
Autor(a): Maiane Rossi
Orientador(a): Nídia Regina Limeira de Sá
Resumo: No Amazonas existem três escolas específicas para surdos que estão sendo modificadas gradativamente e sofrem pressão para que sejam transformadas em escolas comuns ou em centros de Atendimento Educacional Especializado (AEE), como já tem sido demonstrado em pesquisas realizadas neste estado. (Nelson Sá, 2011). Esta não é uma realidade apenas do Amazonas, mas de todo o Brasil e muito mais flagrante em estados do Sudeste e do Sul. No entanto, no estado do Amazonas supõe-se encontrar semelhante situação, a qual merece ser comparada, para que políticas públicas possam ser mais adequadamente administradas. Atualmente o paradigma da inclusão de surdos em escola comum tem sido bastante discutido. Muitos profissionais e pesquisadores que não se debruçam especificamente sobre a questão da educação de surdos facilmente fazem uma aplicação aligeirada deste paradigma e defendem, sem muita profundidade teórica e sem respaldo científico, a inclusão de surdos nessas escolas por entenderem que este espaço é um espaço para todos e, também, por entenderem (ainda que incorretamente) que é isto que obriga a atual LDB (Lei 9.394/1996), bem como a Lei de LIBRAS (Lei 10.436/02) e o Decreto 5.626/05. Toda esta visão incompleta e equivocada é ainda mais ratificada pelas incompreensões decorrentes da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008). Esta recente política pública orienta a que todas as escolas anteriormente chamadas escolas especiais sejam transformadas em centros de AEE. O motivo principal para esta orientação é o fato de que as escolas de surdos existentes carregam ainda muito da perspectiva médico-terapêutica de abordagem à deficiência e muitas histórias de aglutinamento indiscriminado de pessoas tidas como incompletas, deficientes, ou seja, carregam um histórico de baixas expectativas educacionais. Então, a orientação governamental passou a ser o fechamento ou a transformação destas escolas, como se a única opção a este estado de coisas fosse a inclusão em escola comum. No caso dos surdos, este posicionamento é interessante do ponto de vista da visibilidade que dá aos surdos, no entanto, desconsidera pontos fundamentais para o sucesso educacional para as pessoas que, antes de serem deficientes auditivas, são pessoas de potencialidades lingüísticas e culturais diferenciadas. Diante desta realidade, este Projeto do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) coletará dados que possam embasar as análises sobre os movimentos, os discursos, as alegações, os motivos, as imposições, as resistências e as consequências das políticas públicas atuais que geraram mudanças radicais na comunidade surda e nas escolas de surdos, destacando algumas histórias de fechamento ou transformação de escolas de surdos, além de movimentos de resistência da comunidade surda e da comunidade científica.
Palavras-chave: Educação de surdos
Escolas de surdos, políticas inclusivas
Área de conhecimento - CNPQ: CIÊNCIAS HUMANAS: EDUCAÇÃO ESPECIAL
Idioma: pt_BR
País de publicação: Brasil
Editor: Universidade Federal do Amazonas
Sigla da Instituição: UFAM
Faculdade, Instituto ou Departamento: Teorias e Fundamentos
Faculdade de Educação
Nome do programa: PROGRAMA PIBIC 2012
Tipo de acesso: Acesso Restrito
URI: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/3351
Data do documento: 31-jul-2013
Aparece nas coleções:Relatórios finais de Iniciação Científica - Ciências Humanas

Arquivos associados a este item:
Não existem arquivos associados a este item.


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.