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http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/8845
metadata.dc.type: | E-book |
Title: | Processo civilizador ocidental/europeu, tecnização e modus vivendi na Amazônia: experiência de campo sob a lente figuracional/processual |
metadata.dc.creator: | Matos, Gláucio Campos Gomes de |
metadata.dc.description.resumo: | A obra, sustentada por uma análise processual/figuracional, está dividida em dois temas, embora resumidos, mas imbricados. O primeiro alude ao MODUS VIVENDI AMAZÔNICO, captado por meio da pesquisa de campo, da tese de doutoramento e o acompanhamento das mudanças ocorridas nas práticas socioculturais de moradores de comunidades amazônicas, ao longo dos anos. Nesse percurso, a incorporação de novas tecnologias, associada ao incremento de mais energia e suas redes de interdependências funcionais ampliadas, dadas as novas figurações que se formaram, mostram uma Amazônia em processo. O segundo trata de uma pesquisa documental e bibliográfica, aliada à observação de campo, que trazem à lume a tese de um processo civilizador ocidental/europeu, colocado intencionalmente sobre os povos do Novo Mundo e incrementado na Amazônia brasileira. Em sua autoimagem, o colonizador se apropria da palavra civilizado e civilização na forma, como ainda se emprega hoje, valorativa. Com essa concepção, os originários amazônicos foram considerados incivilizados, desencadeando uma grande missão do colonizador: civilizar esses autóctones. Porém, o reverso da moeda se evidencia nos escritos do Padre Gaspar Carvajal, Padre Cristobal d´Acuña, no diário do padre Samuel Fritz entre outros. Como mostram os escritos, a propósito da população autóctone da Amazônia, às margens dos rios por onde as expedições passavam, registraram aldeias populosas com cerca de oito mil, dez mil indivíduos. Nos grandes cacicados, como hoje são denominados, em sua cultura originária, pode-se identificar uma complexa organização social, com normas de convivência, interdependência funcional, relações de poder, diferenciação social, mecanismos de controle e muito mais. Os achados nos permitem concordar com a tese de Norbert Elias e Johan Goudsblom de que não há na história grupos humanos a viver inteiramente sem normas. Essa assertiva se aplica à Amazônia, cuja população, em seu regime ecológico, antecedente à colonização, desenvolvia suas normas de convivência social, mecanismos de controle e se apresentava com um nível de diferenciação social. Tendo como referência o município de São Gabriel da Cachoeira/AM, o projeto intencional de civilizar os autóctones da Amazônia não se consolidou hegemonicamente e é no mesmo processo que esses grupos, hoje, dialogam com a sociedade ocidental e se encontram numa balança de poder mais equilibrada. Resilientes, por força do habitus, não perderam sua língua e outros costumes. Num processo cego, a exemplo de processos sociais de longo prazo, em julho de 2023, a Constituição do Brasil de 1988 foi lançada em São Gabriel da Cachoeira, escrita em Nheengatu. Assim, o processo civilizador ocidental/europeu posto na Amazônia, sem fim à vista de ser concluído, não atingiu a hegemonia. Hoje, se constata que os autóctones convivem e dependem dele, mas preservaram, em muito, de suas normas culturais |
Keywords: | Processo civilizador na Amazônia Modus Vivendi Tecnização |
metadata.dc.subject.cnpq: | CIENCIAS HUMANAS: ANTROPOLOGIA |
metadata.dc.language: | por |
metadata.dc.publisher.country: | Brasil |
Publisher: | Alexa Cultural Edua - Editora da Universidade Federal do Amazonas |
metadata.dc.rights: | Acesso Aberto |
URI: | http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/8845 |
Issue Date: | 2023 |
metadata.dc.contributor.grupo-pesquisa: | Processo Civilizador na PanAmazônia |
metadata.dc.subject.controlado: | Civilização - Amazônia Sociologia |
Appears in Collections: | E-book - Ciências Humanas |
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