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metadata.dc.type: Relatório de Pesquisa
Title: Ocidentalização da Memória Indígena: O caso da Nueva Corónica y Buen Gobierno, de Felipe Guamán Poma de Ayala
metadata.dc.creator: Roberta Araújo Mateus
metadata.dc.contributor.advisor1: Auxiliomar Silva Ugarte
metadata.dc.description.resumo: Nascido provavelmente dois a três anos depois que o Império Inca começou a ser submetido ao poder dos conquistadores espanhóis sob o comando de Francisco Pizarro e Diego de Almagro (1532), Felipe Guamán Poma de Ayala (±1534-5/ ±1615) poderia ter seguido a trajetória de vida que milhões de outros índios andinos tiveram sob os novos senhores do ex-Tawantisuyuou seja, de mero tributário das encomiendas. Todavia, não foi o que ocorreu. Em seus prováveis 80 anos de vida, Poma de Ayala embora tenha sofrido algumas das vicissitudes que seus consortes andinos experimentaram (perda dos referenciais geográficos dos limites entre as comunidades étnicas, alteração nos padrões das hierarquias sociais, preconceitos étnicos, dificuldades no acesso às autoridades civis e eclesiásticas e em garantir a aplicação das leis que beneficiavam os índios) conseguiu tornar menos traumática sua condição individual naquele contexto gerado pelo encontro/confronto entre o mundo dos conquistadores espanhóis e o mosaico cultural andino. Sendo originário da nobreza indígena Yarovilca (povo da região oriental do Peru, que havia sido anteriormente dominado pelos Incas) e tendo aprendido a falar, ler e escrever em castelhano, ainda que rusticamente, Poma de Ayala tornou-se uma figura de relativa importância junto aos poderes coloniais. Ocupou cargos menores na administração colonial e serviu como intérprete em várias visitas fiscalizações ordenadas pelos vice-reis em algumas regiões do Peru. Desta experiência de viagens e múltiplos contatos com a realidade étnico-social do vice-reino do Peru, bem como do acesso a várias obras de cunho histórico ou jurídico, Felipe Guamán Poma de Ayala conseguiu desenvolver, em sua maturidade, uma intensa atividade escritural. Foi assim que veio a lume por volta de 1615, após quase vinte anos de labor intelectual sua obra manuscrita intitulada Nueva Corónica y Buen Gobierno. Para o desenvolvimento do tema enunciado no título deste projeto, faz-se necessária a escolha da primeira parte da obra de Guamán Poma de Ayala (Nueva Corónica). A mesma apresenta elementos de historicidade (reconhecimento de diferentes fluxos de temporalidade e o conseqüente emprego de cronologia, valorização da memória, registro seqüencial de acontecimentos), apreendidos pelo Autor em seus diversos contatos intelectuais (manuseio de obras de cunho histórico, registro de testemunhos orais e utilização de testemunhos escritos sobre acontecimentos não recentes em várias regiões e localidades andinas). São elementos que não se encontram na segunda parte (Buen Gobierno), posto que nesta se sobressaem denúncias dos abusos cometidos contra os índios e sugestões para o aperfeiçoamento da ordem colonial vigente.
Keywords: Ocidentalização
Memória Indígena
Ibero-América
metadata.dc.subject.cnpq: CIÊNCIAS HUMANAS: HISTÓRIA
metadata.dc.language: pt_BR
metadata.dc.publisher.country: Brasil
Publisher: Universidade Federal do Amazonas
metadata.dc.publisher.initials: UFAM
metadata.dc.publisher.department: História
Instituto de Ciências Humanas e Letras
metadata.dc.publisher.program: Programa PIBIC 2009
metadata.dc.rights: Acesso Restrito
URI: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1809
Issue Date: 29-Jul-2010
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