Use este identificador para citar ou linkar para este item: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/4303
Tipo de documento: Relatório de Pesquisa
Título: Outremização e resistência em A história do ventríloquo (1999), de Pauline Melville
Autor(a): Alan de Souza Prazeres
Orientador(a): José Amarino Maciel de Brito
Resumo: A teoria pós-colonial, sistematizada na década de 70 e tendo como marco maior a obra de Edward Said (1935-2003) intitulada Orientalismo (1977), tem uma abrangência muito grande, pois se aplica tanto à arte, quanto à política, à literatura e muitas outras áreas. Visa, inicialmente, compreender os efeitos provocados pelo imperialismo nas colônias e ex-colônias européias. Aplicada à literatura, a teoria pós-colonial busca analisar no âmbito ficcional tais efeitos, verificando o modo como a literatura produzida por sujeitos coloniais e pós-coloniais retrata seus personagens em contexto de pré-colonização, colonização e pós-colonização. Diversas são as maneiras pelas quais os sujeitos coloniais e pós-coloniais são representados ficcionalmente. Muitas vezes, há a representação da opressão do colonizador sobre o colonizado através de estratégias de inferiorização, como os estereótipos e a negação da cultura e dos valores da terra colonizada. Outras vezes, representa-se a maneira como os sujeitos coloniais reagiram às imposições da colônia. Ainda há a representação dos meios violentos para a dominação ou resistência, os efeitos na formação da identidade dos seres coloniais ou mesmo as diásporas ocorridas por força da colonização, dentre diversos outros aspectos passíveis de representação ficcional nas narrativas pós-coloniais. Dada a abrangência da teoria pós-colonial, é possível a observação da outremização dos sujeitos coloniais, a formação da dicotomia Outro (colonizador) e outro (colonizado), bem como a resistência oferecida pelos sujeitos coloniais à dominação através de obras ficcionais que retratam os momentos de colonização e pós-colonização. (ASHCROFT, 1998). A obra a ser analisada, A história do ventríloquo (1999), de Pauline Melville, permite a observação destes aspectos, na medida em que enfoca a história da colonização da Guiana Inglesa e as questões que permeiam as relações entre colonizadores e colonizados, com foco na missão civilizadora (ASHCROFT, 2001), trazida pela figura do personagem Padre Napier que impunha sua fé cristã aos sujeitos coloniais, por ele considerados inferiores por serem, a seu ver, pagãos, incultos, selvagens, bárbaros. Além disso, nesta obra aplica-se a teoria do revide ou resistência (ASHCROFT, 2001), pois os personagens Chofy, Maba, Zuna, Wifreda, Danny e Beatrice conseguem resistir, de alguma forma, física ou discursivamente, às imposições da metrópole colonizadora.
Palavras-chave: Outremização
resistência
"A história do ventríloquo"
Área de conhecimento - CNPQ: LINGUÍSTICA, LETRAS E ARTES
Idioma: pt_BR
País de publicação: Brasil
Editor: Universidade Federal do Amazonas
Sigla da Instituição: UFAM
Faculdade, Instituto ou Departamento: Instituto de Agricultura e Ambiente - Humaitá
Nome do programa: PROGRAMA PIBIC 2013
Tipo de acesso: Acesso Restrito
URI: http://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/4303
Data do documento: 31-jul-2014
Aparece nas coleções:Relatórios finais de Iniciação Científica - Linguística, Letras e Artes

Arquivos associados a este item:
Não existem arquivos associados a este item.


Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.